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Cortes: capacidade ociosa de caminhões e ônibus é de 50%

Publicado em 21/10/2014

A ociosidade é uma das maiores de nossa história

Fonte: AutoData

Pelos cálculos do presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, as montadoras de caminhões e ônibus instaladas no Brasil trabalham atualmente usando apenas a metade de capacidade produtiva.

Em apresentação durante o primeiro dia do Congresso AutoData Perspectivas 2015, em 14 de outubro, na Fecomercio, em São Paulo, o executivo calculou que a capacidade instalada do País é de 380 mil a 400 mil caminhões e ônibus, enquanto que a produção deste ano não ultrapassará 190 mil unidades, incluindo os veículos para exportação. Caso se confirme a previsão a queda será de 20% ante 2013.

No acumulado do ano até setembro, saíram das linhas de montagem brasileiras 112 mil caminhões, queda de 23,6% em relação ao mesmo período de 2013, e 28 mil ônibus, em retração de 12,2%, segundo a Anfavea. Na soma são 140 mil unidades.

Cortes lembrou que o índice guarda relação com o aumento da capacidade, com a chegada de new comers como Daf e International, atrelada a um momento em que o mercado não acompanhou esse avanço. “As vendas caíram e o mercado ficou saturado.”

Ainda segundo o executivo da MAN a redução no número de dias úteis impactou fortemente as vendas. “Com a Copa do Mundo, feriados e eleições teremos cerca de 200 dias úteis no ano, enquanto a média normal é de cerca de 250 dias.”

Mesmo pontuando os desafios do setor Cortes manteve seu tradicional otimismo e afirmou que caso o ano de 2015 seja “brilhante”, o setor de caminhões pode retomar o patamar de 2013, de 150 mil caminhões. “Ainda somos o quarto maior mercado do mundo e caso sejam feitos ajustes macroeconômicos adequados há oportunidades de crescimento.”

Em um cenário “normal”, Cortes afirmou que o mercado deve crescer próximo de média de 3%.

Enquanto o ano não acaba a MAN concederá férias coletivas em dezembro – a terceira neste ano. “Precisamos baixar os estoques porque o mercado não deve ultrapassar os 130 mil caminhões neste ano, em queda de 15%”.

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