Publicado em 06/10/2014
Fonte: Fábio Trindade para Carplace/UOL
Os números divulgados pela Anfavea em coletiva realizada em 6 de outubro, em São Paulo, mostram que a indústria automobilística aumentou o ritmo de produção, mas foi seriamente afetada pela crise e por novas restrições impostas pelo governo argentino.
Com 300.845 unidades, a produção de veículos no mês de setembro registrou crescimento de 13,7% em relação a agosto, quando foram produzidas 264.608 unidades, porém se comparado ao mesmo mês do ano passado (322.350 unidades), houve uma queda de 6,7%.
O volume de exportações segue em queda por conta do desempenho econômico, principalmente, do mercado argentino. No mês setembro foram exportadas 26.724 unidades (somando veículos leves, comerciais leves, caminhões e ônibus), valor que representa a expressiva queda de 41,2% em relação a setembro de 2013 quando o país exportou 45.441 unidades. De janeiro a setembro, o acumulado nas exportações é de 262.007 unidades, contra 425.948 do mesmo período de 2013.
A crise na Argentina, além de influenciar consideravelmente o volume de exportações, também reflete na manutenção dos empregos do setor. No mês de setembro, a indústria automobilística registrou uma leve queda de 0,8% no confronto com o mês anterior, totalizando 147.700 postos de trabalho. No entanto, a queda é de 6,6% se comparada com o mesmo período de 2013, quando o setor empregava 158.100 trabalhadores.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Moan, a Anfavea segue apostando na retomada do crescimento, com desempenho melhor do mercado no segundo semestre. Para Moan, há necessidade de mais estímulos na economia brasileira para ampliar o consumo interno. Enquanto os estímulos não chegam, as fabricantes equalizam o saldo de seus estoques com base na desaceleração da produção.
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