Publicado em 04/10/2014
Fonte: Notícias Automotivas
BMW, Nissan e Renault ficaram decepcionadas com o anúncio de incentivo fiscal para importação de carros híbridos movidos apenas pela força do motor a combustão. Ou seja, nem mesmo o plug-in entrou no pacote, que beneficiou diretamente as marcas Toyota e Lexus.
As três montadoras citadas no início apostam na introdução do carro elétrico no mercado nacional, sendo que a BMW lançou seu i3 poucos dias antes do anúncio da Camex. O compacto premium é considerado elétrico por ter recarga externa, apesar de utilizar um gerador a gasolina para ampliação do alcance. Preço? A partir de R$ 225.950!
Outra que lamenta é a Nissan, cujo elétrico Leaf já roda no país em frotas de táxis e policiamento urbano. A parceira Renault fornece seus modelos Zoe, Kangoo ZE para os Correios e empresas de energia elétrica, sendo que o Twizy é até montado em parceria com a Itaipu Binacional.
As três marcas se pronunciaram no simpósio “Carro Elétrico: veículo do futuro ou presente?”, realizado pela SAE Brasil. Para a BMW, não se trata de uma tecnologia de emissão zero beneficiada pelo governo, pois os plug-in foram excluídos. A Renault acha louvável a decisão, mas decepciona a não inclusão dos elétricos. Já a Nissan acredita que incentivos para o segmento dependerão agora do novo governo.
O governo aparentemente teme um impacto negativo no sistema elétrico nacional, mas estudos da Itaipu Binacional apontam que se toda a produção de veículos do Brasil (3,4 milhões) fosse 100% de carros elétricos, o consumo destes representaria apenas 3,3% do total.
Se apenas 10% fosse “EV”, então apenas 0,33% seria suficiente para um ano inteiro. Outra comparação é com o chuveiro elétrico, que puxa de 3 a 4 vezes mais energia que um carro plugado na tomada. O consumo do veículo é equivalente ao de um ar condicionado.
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