Publicado em 21/07/2014
Em reportagem publicada no El País em 18 de julho, o jornal mostra como o México superou o Brasil na produção de carros. O oitavo maior produtor de carros do mundo tornou-se, há poucos dias, o primeiro na América Latina, superando o Brasil na fabricação de veículos, diz o jornal, depois que marcas europeias e asiáticas desembarcaram no país. O México se superou no primeiro semestre de 2014 e conseguiu produzir 1,59 milhão de carros, o que equivale a 7,4% a mais em relação ao mesmo período de 2013. Enquanto isso, o Brasil sofreu uma queda, que deixou a sua produção bianual em 1,57 milhão de carros.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores do Brasil (Anfavea) reconheceu que a queda de 16,8% da produção de automóveis é devido a baixa nas vendas no mercado interno. Segundo o jornal, a Associação Mexicana da Indústria Automotiva (AMIA) se mostrou preocupada com a queda brasileira e notou que 95% da produção brasileira têm venda interna, exportando apenas 5%. O caso do México é exatamente o contrário: 83% do que produzem é exportado.
As razões para o aumento da produção mexicana não são nenhuma surpresa, já que nos últimos quatro anos, o México anunciou a abertura de seis fábricas de montagem de automóveis no México. Marcas como Audi, Mazda, Honda, Mercedes Benz, BMW e Renault encontraram condições para se instalarem no país fazendo, cada uma, investimentos U$ 1 bilhão. Eles também têm visto uma oportunidade de se consolidar nas Américas: o México é o segundo país que mais exporta carros para os Estados Unidos. Em 2013, dos cerca de três milhões de carros foram montados, 70% cruzaram a fronteira para o norte.
Uma das chaves para exportar para os Estados Unidos é o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), que desde 1994 eliminou tarifas para o comércio automotivo com os Estados Unidos e Canadá. Esses acordos comerciais com mais de 40 países são importantes para as empresas de automóveis decidirem criar suas unidades de montagem no país. No entanto, a AMIA acrescenta que outros quatro fatores são cruciais quando essas empresas tomar a decisão: localização geográfica, uma forte base de fornecedores de autopeças, mão de obra qualificada, e um governo que mantém a economia estável.
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