Publicado em 21/03/2014
A linha Chevrolet será global no Brasil, revelou ontem Dan Ammann, novo presidente mundial da General Motors. O executivo, que está em visita às unidades da fabricante no Brasil, afirmou que a próxima geração de produtos nacionais da marca estará alinhada a modelos disponíveis em outros países.
Com isso, a GM seguirá o caminho traçado pela concorrente Ford, que reduziu seu mix mundial de produtos para conter gastos, desenvolvendo carros de aspecto e mecânica similares para diferentes mercados.
A estratégia da GM tem o mesmo objetivo. De global hoje, apenas a família do Cruze (médio) e da S10 (utilitário) são produzidas no país.
Ammann aproveitou sua visita ao Brasil para guiar os automóveis nacionais da Chevrolet. Dessa forma, ele teve contato com modelos cujo preço inicial é inferior a R$ 30 mil, como o compacto Celta. A marca desenvolve um sucessor para esse veículo, mas o projeto já foi adiado diversas vezes. A previsão atual de lançamento é 2016.
"Estamos muito atentos a esse segmento [que representa 20% dos emplacamentos] e ao que a concorrência vem fazendo. Acredito que carro barato não precisa ser necessariamente ultracompacto", disse o executivo, referindo-se ao recém-lançado VW Up!.
ARGENTINA
Abalada pela tendência de queda nas vendas, a financeira da montadora lançou recentemente uma campanha de parcelamento facilitado para tentar inverter o cenário. Contudo, esse não é o único problema.
As restrições à importação de automóveis na Argentina, principal parceira comercial das montadoras instaladas no Brasil, agravou a situação do setor. "Mas creio que essa seja uma situação econômica passageira", disse Ammann.
O executivo evitou falar de novos investimentos, como os R$ 2,5 bilhões previstos para a modernização do complexo industrial de São José dos Campos (a 97 Km de São Paulo).
A unidade, que teve 1.053 funcionários demitidos no início deste ano, deverá ser a escolhida para a produção do substituto do Celta. O futuro compacto é chamado internamente de Jade.
Outro ponto que está sendo avaliado pela empresa norte-americana é a importação de modelos de luxo. Os planos de trazer a linha Cadilllac para o país, por exemplo, ainda estão em estudo. Com o dólar elevado, a General Motors avalia se essa operação seria viável.
Fonte: Felipe Nóbrega para Folha de S. Paulo
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