Publicado em 20/03/2014
Fonte: Mário Curcio para Automotive Business
Como outros importadores, a Volvo viveu seu melhor período no Brasil em 2011. Naquele ano, vendeu 5,2 mil carros. No ano seguinte, já sob o efeito dos 30 pontos extras sobre o IPI, o volume caiu para 3 mil unidades, praticamente se repetiu ano passado.
Sobre as perspectivas para 2014, Automotive Business ouviu o CEO da Volvo Cars do Brasil, Luiz Rezende, durante o lançamento do modelo V40 Cross Country.
Automotive Business - Outras montadoras de carros de luxo como Audi, BMW e Mercedes-Benz vão fabricar no Brasil e, recentemente, a chinesa Geely, que controla a Volvo, acenou com essa possibilidade. Você acredita que eles poderiam montar um Volvo nessa fábrica em menos de cinco anos?
Luiz Rezende - Não há planos concretos de fábrica no Brasil. A negociação no País (entre Volvo e Geely) é zero. São operações completamente separadas.
Quantos pontos de venda estão abertos hoje? Isso deve aumentar até o fim do ano?
São 28 ao todo, com dois showrooms e 26 concessionárias. Devemos manter esse número por causa de nossa cota, que é de 2,7 mil carros. Acredito em 3 mil a 4 mil carros/ano nos próximos anos.
Quais modelos a Volvo traz atualmente e qual deve ser o mix de vendas este ano?
Importamos V40, V60, S60 e XC60. Os maiores volumes são do utilitário esportivo XC60, que responde por 60%, e do V40, com 20%.
A Volvo implantou recentemente o programa One Hour Stop em algumas concessionárias. Isso reduz o tempo de oficina e traz comodidade para quem leva o carro às revisões (80% dos serviços podem ser feitos em menos de uma hora). Quantas concessionárias já têm isso?
Há uma concessionária em Belo Horizonte, outra no Rio de Janeiro e outra em São Paulo (...) No futuro, todas farão parte do programa.
Nota da redação: a Geely tem um centro de pesquisa e desenvolvimento onde estaria elaborando a próxima geração de seu sedã EC7 a partir da plataforma do modelo V40. Em tese, a montagem local do primeiro abriria caminho para o segundo. Quando apresentou seus carros à imprensa em janeiro, a direção da Geely no Brasil deixou para o fim do ano a decisão sobre uma possível fábrica local. Os Estados mais cotados seriam São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia.
Por enquanto, os modelos da fabricante chinesa que começam a abastecer as concessionárias do Brasil vêm do Uruguai, onde as carrocerias são armadas e pintadas na Nordex, mesma companhia que monta vários modelos de caminhão, entre eles o pequeno Kia Bongo.
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