Publicado em 15/01/2014
Os países emergentes, liderados por Brasil, Rússia, Índia e China deverão ser os propulsores do mercado automotivo nos próximos dez anos. De acordo com a 15ª Pesquisa Global da Indústria Automotiva, realizada pela KPMG International, 85% dos participantes afirmam que o maior crescimento deste segmento até 2025 acontecerá no BRIC. Além disso, sete em cada dez montadoras esperam que o aumento das vendas dos próximos cinco anos venha desses países.
"Como o BRIC aumentou sua participação no mercado global, os executivos do setor automotivo, tanto fabricantes
como revendedores, devem se preparar para aproveitar o incrível potencial destas economias a longo prazo", afirma Charles
Krieck, sócio-líder da prática de Indústria Automotiva da KPMG no Brasil
Força brasileira
Na pesquisa deste ano, os respondentes mostraram-se ainda mais otimistas em relação ao fato de os fabricantes do BRIC estarem aumentando o volume de exportação. Quarenta e três por cento dos participantes acreditam que o Brasil ultrapassará a marca de um milhão de exportações entre os próximos três e cinco anos; 38% dizem que essa marca será atingida entre seis e nove anos e 8% afirmam que em apenas dois anos o país exportará tal quantidade de automóveis.
Consumidores querem carros eficientes, duradouros e tecnológicos
Segundo 92% dos respondentes, a prioridade dos
atuais compradores é um automóvel duradouro e que consuma pouco combustível. As mais recentes inovações
no quesito segurança também continuam sendo um fator crítico para os consumidores, de acordo com 79%
dos respondentes.
As preferências por tecnologias alternativas de combustível foram classificadas com menor importância. Contudo, ter um veículo que possua os recursos tecnológicos mais recentes é outra consideração importante feita pelos compradores.
O futuro das revendas de automóveis causa controvérsias entre os respondentes. Um pouco mais da metade (53%) acredita que os modelos tradicionais de revendas de automóveis não funcionarão no futuro, e espera-se que os varejistas on-line e os fornecedores multimarcas cresçam de forma significativa.
Para 71% dos participantes da pesquisa, a importância do modelo on-line para as vendas de automóveis aumentará já em 2014. Curiosamente, somente 60% dos comerciantes que participaram da pesquisa sentem que este caminho terá sucesso, sugerindo uma relutância em reconhecer que as vendas através da internet estão em alta.
O crescimento orgânico ultrapassou joint ventures e parcerias e tornou-se a estratégia de negócios preferida das montadoras. “Essa resposta significativa pode ser o resultado de desafios que estão sendo encontrados nas atuais parcerias, tais como integração eficaz e descobertas de sinergias”, afirma Krieck.
Espera-se que veículos plug-in gerem a maior demanda, em comparação a qualquer outro veículo
elétrico. Sessenta e nove por cento dos respondentes consideram que veículos de células de combustível
são essenciais para o crescimento do mercado automotivo.
Apesar dessa segurança, a maioria dos investimentos
das montadoras continuará a ser na redução do tamanho do motor de combustão interna, o que poderá
atrasar os avanços em veículos elétricos, de acordo com a pesquisa.
Apenas os países do BRIC estão mais focados nas diversas formas de mobilidade elétrica tais como veículos híbridos plug-in e veículos 100% eletrificados movidos à bateria.
Diante do crescimento da população mundial, os padrões de uso e de propriedade de veículos estão mudando, e soluções de mobilidade, como o compartilhamento do carro, estão tornando-se cada vez mais populares
"A crescente tendência de carros autônomos poderá causar um impacto positivo sobre o desenvolvimento
das soluções de mobilidade, talvez eliminando a necessidade de ter um segundo carro”, analisa Krieck.
Aproximadamente
metade dos respondentes sente que as soluções de mobilidade podem ser lucrativas ao longo dos próximos
cinco anos.
A 15ª Pesquisa Global da Indústria Automotiva - Estratégias para um mercado em rápido desenvolvimento teve a participação de 200 executivos da indústria automotiva, incluindo montadoras, fornecedores, concessionárias, prestadores de serviços financeiros, empresas de aluguel e prestadores de serviços de mobilidade em 28 países. Quarenta e um por cento dos respondentes estão baseados na Europa, no Oriente Médio e na África, 35% na região Ásia-Pacífico e 25% na região das Américas. Todos os participantes representam empresas com receitas anuais maiores do que US$100 milhões e 39% trabalham para empresas com receitas acima de US$10 bilhões.
Para ter acesso ao estudo completo, visite
Fonte: Ligia Danielle, Portal Nacional de Seguros
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