Publicado em 10/12/2013
A conta leva em consideração o novo IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), mais alto, e a instalação obrigatória de airbags e de freio ABS, que ainda não são de série nos carros mais baratos.
A Peugeot é uma das que decidiram não esperar a virada do ano para equipar o seu modelo mais acessível com os itens de segurança. Com isso, o preço sugerido do hatch 207 Active (1.4) sofreu um reajuste de R$ 3.000 (9,6%). Já modelos completos da marca não apresentaram mudanças na tabela. Considerando todos os modelos feitos no país, o preço dos carros poderá subir, em média, até 5,6%, prevê Luís Moan, presidente da Anfavea (associação das montadoras).
A ameaça de aumento de preço não deixa de ser uma tática das montadoras para que haja uma corrida às lojas ainda em dezembro, numa tentativa de reverter o cenário de queda nas vendas. De janeiro a novembro, o segmento registrou uma retração de 1,8% ante o mesmo período do ano passado.
Caso o plano falhe, esta será a primeira queda nas vendas em dez anos.
O governo, no entanto, ainda não
divulgou de quanto será o aumento do imposto.
Especialistas em mercado ouvidos pela Folha acreditam que o repasse
será, no máximo, parcial. Em tese, a alíquota do tributo para os modelos populares (1.0) passaria dos
atuais 2% para 7% logo no início de 2014. Outros segmentos de automóveis teriam reajustes similares. Segundo
projeções da Anfavea, a cada ponto percentual de aumento do IPI, o veículo encarecerá 1,1%.
Fonte: Felipe Nóbrega, Folha de São Paulo
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