Publicado em 06/12/2013
O presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri, e o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto, Rogério Boueri, participaram nesta segunda-feira, 2, no Rio de Janeiro, da coletiva de imprensa Cidades em movimento: desafios e perspectivas das políticas públicas. Eles analisaram a dinâmica das grandes cidades brasileiras com base em dados do livro Brasil em Desenvolvimento 2013, que será lançado neste mês.
Neri apresentou conclusões de quatro artigos da obra. Um deles, o capítulo 21, trata do movimento migratório no Brasil a partir da escolaridade das pessoas. “Houve queda na taxa de migração entre os últimos dois censos, mas essa queda foi mais forte entre as pessoas com níveis de escolaridade menores”, afirmou o ministro. “São Paulo, que já foi conhecida como a capital dos imigrantes, hoje tem um fluxo mais para fora que para dentro”, continuou.
Segundo o artigo, Brasília, Curitiba e Florianópolis são as regiões metropolitanas que mais têm recebido imigrantes de alta escolaridade. “Brasília recebeu 42 mil pessoas de alta escolaridade nos cinco anos anteriores ao censo, e mandou 25 mil para fora. Já a região metropolitana de Curitiba teve um aporte de quase 35 mil pessoas com esse perfil, enquanto emigraram 22 mil pessoas. Por exemplo, em termos líquidos, 10 pessoas com essa escolaridade chegam a Brasília por dia”, disse o presidente do Ipea, que também detalhou a situação do Rio de Janeiro. “Os locais para onde o Rio mais enviou migrantes de alta escolaridade foram a região dos Lagos, seguida de São Paulo e da Bacia de São João, com sua área petrolífera.”
Neri ainda comentou números sobre a qualificação da população economicamente ativa e em idade ativa. O Distrito Federal é o primeiro do ranking da população com ensino superior em relação àquela com idade ativa (PIA), entre as Unidades da Federação, atingindo 19,75%. Em seguida vêm São Paulo (13,4%), Rio de Janeiro (12,25%) e Paraná (11,1%). As piores colocações estão no Maranhão (4,4%), Pará (4,86%) e Bahia (5,33%).
O melhor município é São Caetano do Sul (SP), com 31,4%, e o pior é Canápolis (BA), com 0,24%. Florianópolis está na 5ª posição com 22,84%, Curitiba aparece na 7ª posição com uma taxa de 22,58, Porto Alegre aparece na 8ª posição com 22,50%, Brasília situa-se na 10ª posição, seguida de Belo Horizonte. No Paraná, Maringá também se destaca na 22ª posição com 18%, logo atrás de São Paulo, como 18,30%.
São Paulo possui a maior quantidade de engenheiros por habitante com uma proporção de 1 engenheiro por 148 habitantes, seguidos de Rio de Janeiro (172), Distrito Federal (179), Santa Catarina (212), Paraná (248) e Minas Gerais (257). Nas últimas posições estão Roraima (1024), Piauí (1198) e Maranhão (1265).
Distrito Federal aparece em primeiro lugar quando são comparadas as quantidades de médicos e profissionais
de computação por habitante, Paraná aparece na sétima posição em relação
ao número de médicos por habitante e em quarta referente aos profissionais de na área de computação.
Nos rankings das três profissões, o Rio de Janeiro sempre aparece entre os três primeiros colocados.
Fonte: Portal IPEA
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http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=20732&catid=4&Itemid=
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