Publicado em 13/11/2013
O rastreamento da origem das autopeças, medida essencial para que sejam atendidas as metas de conteúdo local previstas no Inovar-Auto, pode ter solução mais simples do que as especuladas até então. Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria, aponta que a solução poderá ser a autocertificação das empresas. Dessa forma, cada fabricante de componente ou sistema declararia o conteúdo local em cada peça produzida. A consultora fez apresentação durante o workshop Operações Automotivas, promovido por Automotive Business em São Paulo (SP), na segunda-feira, 11.
Letícia aponta que a autocertificação é vista como uma saída provável para um dos aspectos mais importantes do Inovar-Auto. Segundo ela, com o sistema, as companhias apontariam o índice de regionalização de seus produtos e estariam sujeitas a auditoria periodicamente. “É improvável que uma empresa se arrisque a divulgar informações falsas, que indiquem um conteúdo local que ela não têm. Acredito que ninguém quer arriscar a esse ponto, sob pena de serem alvo de ação judicial”, aponta.
O novo regime automotivo está em vigor desde janeiro de 2013. Apesar disso, a regulamentação de como será feito o rastreamento das autopeças permanece pendente. O governo e as entidades que representam os segmentos da indústria envolvidos, como Anfavea e Sindipeças, enfrentam dificuldades para chegar a um acordo sobre a melhor maneira de fazer a verificação. O objetivo é rastrear a origem dos componentes até o segundo nível de fornecimento, o Tier 2. O desafio está em encontrar a fórmula para que isso seja feito da forma menos burocrática possível.
Fonte: Giovanna Riato, AB
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