Publicado em 12/11/2013
O Inovar-Auto também será a forma de utilizar no Brasil critérios internacionais que tornem “tecnicamente homologáveis” os carros fabricados aqui, equiparando-os àquilo que se faz em grandes mercados. Foi o que demonstrou o diretor da IHS Automotive, Vitor Klizas, durante o Workshop Operações Automotivas realizado por Automotive Business na segunda-feira, 11, no Milenium Centro de Convenções.
“Conversas com o governo sobre inovação tecnológica ocorrem desde 2010”, recorda. “Tem um gap de tecnologia que temos de buscar”, disse, referindo-se a redução de emissões, utilização crescente de itens de infoentretenimento e de segurança. Ao expor as metas impostas pelo Inovar-Auto, ele recordou: “Nenhuma empresa poderá abrir mão da redução de IPI”, diz.
Em sua apresentação, ele mostrou o impacto do Inovar-Auto, que implicará até 2016 a entrada de R$ 2,5 bilhões extras para redução de emissões de gás carbônico para alcançar as metas de eficiência energética.
Klizas usou um amplo estudo da IHS Automotive que reúne não só os modelos vendidos em diferentes mercados, mas também suas versões e conteúdo. Esse trabalho mostra o avanço da indústria em transmissões mais modernas, turbos (ou compressores mecânicos), injeção direta de gasolina e aplicação de comandos de válvulas variáveis, por exemplo.
O trabalho reúne dados sobre a introdução de tecnologias de segurança como programas eletrônicos de estabilidade, monitoramento de pontos cegos, proteção a pedestres e novas aplicações para airbags, entre outros. “O estudo nos permite fazer política industrial, mostrar para o governo o que pode ser feito.”
Klizas informa que o trabalho permite customizar não só o custo de cada tecnologia a ser aplicada, mas também a sua eficiência. Ele recorda que o sistema Start-Stop (que desliga e religa o motor no anda-para dos congestionamentos) traz ganhos importantes quando utilizado isoladamente.
Sobre a rastreabilidade das peças na cadeia automotiva, ele recorda a importância de definir quais itens serão monitorados, já que aplicar o processo a todos os componentes tornaria a operação complexa demais.
Fonte:Mário Curcio, AB
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