Publicado em 04/10/2013
A montadora japonesa Toyota enfrenta a primeira greve na unidade de Sorocaba desde que iniciou a produção de automóveis na cidade do interior paulista, em agosto de 2012. Os 1,2 mil trabalhadores da linha de montagem estão de braços cruzados desde o final da tarde de quarta-feira (02/10). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a reivindicação é de aumento no piso salarial, de R$ 1,65 mil para R$ 1,85 mil, mais 5% de adicional noturno e fornecimento do vale-compra.
Conforme o sindicato, a paralisação atinge 100% da produção e começa a ter adesão do setor administrativo. As reivindicações foram encaminhadas à empresa em março deste ano, mas as negociações não evoluíram, disse a entidade.
A Toyota ofereceu reajuste de 8% no piso salarial e propôs elevar o adicional noturno em abril do próximo ano, mas a proposta foi rejeitada. A paralisação foi iniciada após assembleia em frente à fábrica. Na manhã de quinta-feira, 03, houve nova manifestação nos portões da unidade, com a adesão de trabalhadores do primeiro turno.
Segundo a Toyota, a unidade produz 320 carros por dia, somadas as versões hatch e sedã. Sem um novo
acordo durante o fim de semana nem na segunda-feira, 7, a paralisação se mantém e já impediu a
montagem de cerca 2,2 mil carros. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, a proposta
de reajuste de 8% para o piso oferecida pela montadora foi rejeitada. O sindicato não informa qual o índice
pleiteado.
Os metalúrgicos também pedem a criação de um vale-compra
(ou vale-cesta) e aumento do adicional noturno dos atuais 20% previstos em lei para 25%. O adicional noturno é pago
aos trabalhadores do segundo turno a partir das 22 horas. Segundo o sindicato, a montadora só aceita atender a essas
reivindicações a partir de abril do ano que vem.
Fonte: Época Negócios
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