Publicado em 03/10/2013
Fiat e JAC são as montadoras que estão conseguindo se destacar no uso da internet para relacionamento com
o consumidor. E graças ao fator ousadia.
Esta é a visão do diretor de negócios para Automotivo,
Finanças e Turismo do Google Brasil, Thiago Machado, exposta no seminário “Think Auto with Google”,
que reuniu especialistas dos setores digital e automotivo.
"Algumas empresas, como a JAC, viraram referência no uso da internet. Para o lançamento do J2, a marca chinesa
apostou em uma campanha 100% online, que resultou em 13 milhões de visualizações no YouTube, levando
o canal da montadora ao posto de terceiro maior entre as fabricantes de automóveis no site."
Outra referência
no assunto é a Fiat. A fabricante utilizou o YouTube para fazer duas grandes campanhas, sendo que em uma delas foi
feita uma parceria com os humoristas do grupo Porta dos Fundos, um dos maiores sucessos do site de vídeos. A segunda
explorou a Copa das Confederações.
"As duas ações geraram aproximadamente 30 milhões de visualizações e 20 mil compartilhamentos.
Se somarmos o tempo assistido dos vídeos teríamos 58 anos ininterruptos de exposição da marca
Fiat", aponta Machado.
"Esperamos que estes e outros tantos exemplos mundo afora inspirem a indústria a, cada vez
mais, aproveitar a enorme oportunidade que a internet representa."
No seminário, foi explorada a relação
entre as montadoras e os consumidores via internet. Para o Google, as empresas especializadas na produção de
automóveis ainda são deficientes nesse tipo de comunicação.
Outro palestrante do evento foi o presidente da Gol Linhas Aéreas e ex-presidente da Audi Brasil, Paulo Sérgio Kakinoff. O executivo traçou um paralelo entre as empresas de aviação e as automotivas.
"Hoje, 60% das passagens da Gol são comercializadas online. As empresas de aviação trabalham com esse
conceito melhor do que as fabricantes de automóveis", diz.
Para ele, o principal desafio é conciliar uma
maneira de atuação já consolidada em um dos mais tradicionais setores da economia (o automotivo) com
a realidade online. "Um dos maiores erros é pensar em ruptura. O ideal nunca é mudar 100% e, por exemplo, passar
a se concentrar somente na internet."
Kakinoff acrescenta que, mesmo que ações online tenham índice de acessos alto, não dá para descartar quem ainda não utiliza a rede. "A solução é o equilíbrio. Em um meio competitivo, não dá para deixar de lado o consumidor que ainda se informa e decide sua compra pelas formas tradicionais."
Fonte: Rodrigo Lara, Estadão
Envie para um amigo