Publicado em 20/09/2013
Um ano após o início da operação no Brasil, a montadora sul coreana Hyundai já estuda ampliar a unidade de Piracicaba (SP) para produzir motores e câmbios da linha HB20. Atualmente, os componentes são importados da Coreia. Com a nacionalização, a empresa prevê ainda dobrar o número de veículos montados na fábrica, que hoje tem capacidade técnica para 150 mil unidades/ano.
A Hyundai começou a produzir em Piracicaba no dia 20 de setembro de 2012. As vendas do HB20, modelo de carro criado para o mercado brasileiro, tiveram início 20 dias depois. A fábrica implantou o segundo período de produção em outubro do ano passado e desde o último dia 2 opera também de madrugada (terceiro turno).
A produção de motores e câmbios na unidade piracicabana ainda não tem prazo definido para começar, mas será "o próximo passo" da fábrica, segundo o gerente de relações públicas, Maurício Jordão. De acordo com ele, a dependência da importação dos itens da matriz na Coreia limita a capacidade da planta, que terá seu espaço físico ampliado para abrigar o novo setor.
Outro fator é que o Brasil é o único país onde a tecnologia flex é aplicada nos carros
da marca. "Recebemos o motor e o câmbio básicos da Coreia, adaptamos e montamos aqui. Com a produção
nacional, esse procedimento será eliminado e a produção poderá ser ampliada. Os similares do HB20
vendem de 200 mil a 250 mil unidades por ano, ou seja, a linha ainda tem muito espaço para se consolidar no mercado",
afirmou Jordão.
Na tarde desta quinta-feira (19), uma comissão formada por sindicalistas e representantes
do Ministério do Trabalho visitaram a fábrica a convite da diretoria.
O objetivo foi apresentar ao setor
como está a operação ininterrupta da unidade, instalada no Parque Automotivo, na região do bairro
Santa Rosa. A comitiva vistoriou os setores de estamparia, solda e montagem, além do ambulatório e o restaurante
destinado aos colaboradores.
A fábrica da montadora sul coreana em Piracicaba tem 2.700 funcionários. Cerca de 700 foram contratados nos últimos quatro meses para atuar no terceiro turno. "Além da geração de empregos, o terceiro turno eliminou o excesso de jornada e as horas extras", informou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e Região, José Luiz Ribeiro.
Fonte: Quatro Rodas
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