Publicado em 10/09/2013
Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e coordenador da entidade na Scania, Daniel Calazans, após 12 reuniões, desde o dia 4 de julho, quando teve início a campanha salarial, a empresa não mudou o posicionamento. “No ano passado, a PLR atingiu cerca de R$ 11 mil para cada. Queremos a manutenção desse cálculo, já que, se a produção sobe, os trabalhadores ganham mais, e se cai, recebem menos. Mas o novo modelo que a Scania defende, mesmo com grande aumento na produção, é de que o benefício será menor do que no ano passado.”
Ontem, os funcionários da fábrica rejeitaram, em assembleia, a proposta da empresa. “A qualquer momento, por entender que já se passou muito tempo e a empresa não avançou nas negociações deste tema, os trabalhadores entrarão em greve”, garantiu Calazans. Ele argumentou que os resultados da montadora, neste ano, não justificam redução na PLR. Prova disso é que, durante as reuniões, a companhia sueca avançou bem mais em relação ao reajuste pedido, que é a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais aumento real de 2%. Atualmente, a unidade de São Bernardo tem 4.000 metalúrgicos.
No acumulado deste ano (janeiro a agosto), a montadora registra crescimento de 94,9% no comércio de caminhões no mercado interno. Vendeu 11.758 unidades nos primeiros oito meses de 2013, ante 6.034 no mesmo período de 2012, de acordo com números da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
A Scania informou que as discussões com o sindicato ainda estão acontecendo, que não tomou nenhuma decisão em relação à fórmula da PLR e que está aberta à negociação com os trabalhadores.
Fonte: Leone Farias e Pedro Souza, Diário do ABC
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