Publicado em 26/08/2013
A fabricante de carros de luxo Audi já teria levado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) um protocolo confirmando que voltará a produzir automóveis no País em São José dos Pinhais (PR), na mesma fábrica onde a Volkswagen produz os modelos Fox e Golf.
A informação foi divulgada pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
(ABDI) - ligada ao Mdic -, Mauro Borges, durante participação no Simpósio Internacional de Engenharia
Automotiva (Simea), realizado em São Paulo.
Borges não deu detalhes do projeto, como investimentos e início
de atividades da nova linha. Procuradas, a Audi e a Volkswagen não confirmaram a informação.
A decisão
de voltar a produzir no Brasil, repetindo a parceria feita com sua coligada Volkswagen entre 1999 e 2006, vem sendo analisada
pela direção da Audi há mais de um ano.
Nos quase sete anos em que a marca manteve produção local, foi feito apenas um modelo na fábrica do Paraná, o Audi A3. O mesmo modelo, agora atualizado, é cotado para voltar à linha nas opções hatch (atualmente importada da Alemanha) e sedã. Segundo fontes do mercado, a capacidade de produção anual da nova linha seria de aproximadamente 30 mil unidades ao ano.
A suspensão da produção do A3 em outubro de 2006 ocorreu em razão da baixa demanda pelo modelo,
que passou a ser apenas importado.
Agora, com as exigências do Inovar-Auto, programa do governo federal que prevê
incentivos para a produção nacional e impostos extras na importação, as marcas de luxo voltaram
a se interessar pela manufatura local.
Há cotas para carros importados e cobrança de 30 pontos porcentuais extras de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis que excederem a cota.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o setor automotivo tem planos anunciados que somam R$ 72 bilhões em investimentos no País até 2017, ano em que a capacidade produtiva das fábricas deverá atingir 5,7 milhões de unidades, ante 4,6 milhões atualmente.
O mercado interno deverá consumir perto de 4,6 milhões de veículos e o restante deverá ser exportado. A Anfavea deve levar ao governo nos próximos meses uma proposta de programa de incentivo às exportações. A meta é atingir 1 milhão de unidades ao ano.
Fonte: Cleide Silva - O Estado de São Paulo
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