Publicado em 23/07/2013
As ruas brasileiras foram invadidas por chineses. A migração asiática começou em 2009, quando a Chery desembarcou no Brasil, seguida por Lifan e JAC. Elas garantem que vieram para ficar. Criam raízes e investem em fábricas no País. Para conquistar mercado, apostam em design, diversidade nos itens de série e preço competitivo.
A Chery Automobile é a primogênita entre as chinesas no Brasil. A empresa deve começar a produção nacional em 2014, com a instalação de uma fábrica em Jacareí, no estado de São Paulo. Segundo o porta-voz da empresa, Luís Curi, a meta é a comercialização de 20 mil veículos ao ano no Brasil. ”Com a nova unidade, a empresa reforça a proposta de oferecer produtos de qualidade e competir em pé de igualdade”. Após a instalação da fábrica, o objetivo é dobrar o número de revendas será ampliado, chegando a 150. O carro-chefe da companhia é o compacto Chery QQ. Equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, painel digital, ABS e airbags desde as versões de entrada, com motor de 68 cavalos de potência. O diferencial do carro? “Preço, garantia (três anos) e itens de série”.
Já a JAC Motors iniciou as atividades no mercado brasileiro em 2011, acumulando 50 mil veículos emplacados no Brasil segundo a empresa e 65 pontos de venda. O próximo passo para consolidar-se no setor automotivo nacional, segundo o diretor de assuntos corporativos da Jac Motors do Brasil, Eduardo Pincigher, será a instalação da nova fábrica da marca em Camaçari, na Bahia. Investimento de cerca de R$ 1 bilhão, ela deve entrar em operação em 2014.
Sobre os carros vendidos pela montadora, o diretor da JAC informa que o modelo com maior comercialização é o compacto J2, representando 45% das vendas da marca no País. Mesmo pequeno, o carro é recheado de atrativos ao motorista como ABS, airbag duplo, direção elétrica, além de um motor com 108 cavalos de potência. “É um carro veloz e bem equipado para os centros urbanos”, diz Pincigher. Outro atrativo, declara o diretor, é o preço competitivo.
Com fábrica sediada no Uruguai, a empresa Lifan Motors atua no cenário automotivo brasileiro desde 2011.
Atualmente a marca se prepara para alavancar as vendas do SUV X-60. “Trata-se de um carro completo, com equipamentos
encontrados em SUVs cujo preço é superior”, destaca o relações públicas da Lifan
Motors do Brasil, Sidney Levy. Vendido numa única versão, o modelo tem como itens de série GPS, DVD player,
airbag duplo, rodas de liga leve e bancos de couro. O motor é 1.8 WT 16V, com 128 cavalos de potência. De acordo
com Levy, o diferencial do carro está no baixo custo em relação a outros utilitários esportivos.
Uma
montadora da Lifan no Brasil chegou a ser anunciada pelo importador da marca, mas os planos foram suspensos. Segundo Levy,
o Brasil não está descartado para uma indústria de produção da companhia asiática.
“O assunto deve entrar em pauta em 2014 ou 2015”.
Para os próximos anos, a perspectiva é de que esse exército chinês ganhe reforço. Entre idas e vindas da economia brasileira, outras marcas sondam a instalação de montadora no País, como Shuanghuan, Jonway, Changhe e Landwind. Uma prova de que as chinesas já estão em casa.
Esta tendência confirma a variável 12 – Surgimento de Novos Entrantes, indicando para um crescimento regional a partir da disponibilização de produtos como certos diferencias para disputar o mercado com as marcas mais tradicionais.
Fonte: O Povo on line.
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