Publicado em 22/07/2013
A cidade de Detroit era a capital mundial do carro em 1955, quando David Cole entrou na faculdade para estudar engenharia mecânica. Seis décadas depois, o ‘motor’ mudou de lugar, disse Cole.
Muitas fábricas, que empregavam milhares de pessoas na cidade, mudaram para os subúrbios, para outros estados
americanos ou para países como a China e o Brasil, à medida que a indústria automotiva foi se globalizando
e foi se centrando em uma produção mais rápida e menos dispendiosa, disse Cole, presidente emérito
do Centro de Pesquisa Automotiva em Ann Arbor, Michigan, e filho de um presidente da General Motors Co.
Ontem, Detroit,
paralisada por dívidas de US$ 18 bilhões, foi obrigada a pedir a maior concordata da história de uma
cidade americana, ao passo que a GM, a Ford Motor Co. e a Chrysler Group LLC, nascidas na cidade, estão lucrando e
prosperando.
Os laços de Detroit com a fortuna da indústria automotiva caíram ao longo de seis décadas. Os empregos industriais na cidade passaram de 296.000 em 1950 para menos de 27.000 em 2011. As montadoras americanas, que ainda dominavam o mercado nas décadas de 1950 e 1960, levaram boa parte da sua produção para fora de Detroit e construíram fábricas novas nos EUA e no mundo. Isso acelerou a decadência de Detroit.
As companhias disseram ontem que continuarão a contribuir para a reestruturação da cidade.
“A Chrysler Group acredita na cidade e no povo de Detroit” disse a companhia numa declaração por e-mail. “Nós continuamos investindo na cidade e nos seus habitantes, reforçando a nossa presença em Detroit, e também estamos comprometidos em ter papel positivo na sua revitalização”.
Mark Clothier, da Bloomberg
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