Publicado em 22/07/2013
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os ajustes serão feitos nas linhas de caminhões, ônibus e motores com o objetivo de reestruturar a produção para atender ao aumento da demanda de mercado.
“Do início do ano até agora, a companhia já aumentou em 20% a expectativa de vendas de unidades para 2013. A projeção é que a Scania venda 28 mil unidades até dezembro”, conta o diretor do sindicato e trabalhador da Scania, Carlos José Caramelo Duarte, o Caramelo. O ano passado foi atípico, com baixa produção. A Scania, por exemplo, produziu menos de 13 mil unidades.
Para o coordenador geral do SUR (Sistema Único de Representação) da montadora, Vânio da Silva Guedes, essa é uma projeção extremamente positiva, “que supera 2011, quando batemos recorde fabricando 26,7 mil produtos”, lembra. O bom momento do mercado de caminhões também reflete diretamente nas contratações da Scania.
“Podemos avaliar o crescimento do setor de caminhões no Brasil nos últimos dez anos pelo nível
de empregos na Scania, que praticamente dobrou”, comemora Caramelo.
A retomada no setor de caminhões teve
ação decisiva do sindicato, que pressionou o governo federal a adotar medidas que incentivassem o mercado para
fazer frente às exigências da nova política de emissão de poluentes.
“As mudanças na lei de redução de poluentes fez com que os motores ficassem mais caros e isso derrubou as vendas no ano passado”, analisou o presidente do sindicato, Rafael Marques.
Segundo o dirigente, foi a ação dos metalúrgicos da região que obrigou o governo federal a tomar medidas para estimular o setor de caminhões e ônibus. “Não ficamos esperando o pior, que seria a demissão em massa na região. Ao contrário, fomos várias vezes a Brasília e garantimos incentivos fiscais e até juros negativos para o setor de caminhões”, comemora Marques.
Caramelo enfatiza que falta para o setor um programa que estimule a troca da frota atual. “Teremos Olimpíadas, Copa do Mundo, temos obras acontecendo por todo o País. Não seria a hora do governo criar um programa de incentivo para aqueles que ganham a vida na boléia do caminhão, com redução de impostos na compra ou linhas de financiamento diferenciadas?”, questiona o sindicalista. “Além de tirar os caminhões mais velhos, que poluem mais, a produção e o emprego cresceriam significativamente”, pontua.
Fonte: Tauana Marin, Do Diário do Grande ABC
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