Publicado em 04/06/2013
Na segunda-feira, 3, ocorreu o Simpósio SAE Brasil de Novos Materiais e Nanotecnologia. Durante o debate que encerrou o evento, “Novas matérias-primas e o impacto do Inovar-Auto: oportunidades e desafios”, representantes da indústria opinaram sobre a futura aplicação de novas tecnologias em razão da entrada em vigor do Inovar-Auto.
“Trabalhamos com aço de alta resistência e vai haver volume para a produção local, afirma o diretor comercial da Brasmetal, Antônio Lozano. “O Inovar-Auto traz a perspectiva de mais negócios e de melhorar o grau tecnológico daquilo que produzimos aqui.”
Lozano queixou-se de que o setor de aço laminado é um dos que mais sofrem com a vinda de produtos importados, acha positiva a contribuição do programa para o aumento do conteúdo local e gostaria de “números mais claros” sobre o tamanho do crescimento que ocorrerá nos próximos anos.
Sobre as oportunidades e mudanças que se desenham com o programa de incentivo à nacionalização, o diretor comercial da Continental, Wilson Toyama, afirmou: “O grande trabalho hoje é como aumentar a margem sem onerar os preços finais; é conseguir com o fornecedor fundos para fazer investimentos.”
Sobre a corrida para alcançar as metas de conteúdo local, o gerente sênior de compras da Mercedes-Benz, Ugo Ibusuki, recordou: “O desafio ficará para os entrantes, especialmente os asiáticos, o que provocará corrida por itens locais.
Durante o debate, o moderador Paulo Alves trouxe da plateia a questão: “O que o Inovar-Auto pode trazer se as matrizes das montadoras já têm produtos prontos?
O gerente comercial da Bridgestone, Rodrigo de Queiroz, disse: “A companhia tem polos de desenvolvimento de polímeros fora do País (...) Podemos investir em fornecedores locais de borracha natural.” Segundo Queiroz, apesar de os pneus contarem como itens 100% locais, quase toda a borracha de sua composição é importada.
Sobre os desenvolvimentos locais, Ugo Ibusuki, da Mercedes-Benz, recordou o trabalho feito pela companhia em tecnologia e desenvolvimento para ônibus e motores. Lozano, da Brasmetal, disse: “A tendência é utilizar as tecnologias já existentes no exterior com tropicalização.”
Fonte: Márcio Curcio, Automotive Business
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