Publicado em 22/05/2013
O problema é que na prática não é bem assim que funciona. As vezes quem tenta torna o caminho mais acessível e mais fácil acaba pecando por falta de conhecimento.
Há dois anos Fábio deixou Belo Horizonte para vir morar em Brasília. Tetraplégico, ele ficou decepcionado com as calçadas da cidade. Fizemos um passeio pela asa norte. O primeiro problema não demorou a aparecer, a inclinação da rampa.
“Eu vou tentar subir ela de frente, e você vai perceber que ela vai dar uma inclinação na cadeira, e se não tiver alguém atrás, provavelmente a cadeira pode virar”, comenta Fábio.
Ele precisou de ajuda para subir, e encontrou um outro obstáculo, um vaso de planta no meio do caminho que foi adaptado para o deficiente. O gerente do estabelecimento acompanhou a cena.
“A gente não imaginava que ia atrapalhar assim ele, mas se esse é um problema, a gente tira o vaso agora”, disse o gerente.
“As pessoas até tentam dar condições para o cadeirante para ele ter acesso, só que ele não procura pessoas que tenham realmente conhecimento, para tentar desenvolver um projeto onde realmente vai dar uma condição de acesso”, critica Fábio.
Problemas como este fazem parte do dia a dia das pessoas com deficiência (PcD), assim a FIEP criou o Grupo de Discussões sobre Educação Corporativa que aborda o tema de inclusão de PcD´s com empresas interessadas no tema, e com diversas áreas do SESI, SENAI, IEL e Escola de Gestão da Indústria. Estes eventos são uma forma de desenvolver uma cultura e ações de inclusão que favoreçam os PcD e quebrem paradigmas para a contratação e adaptação de espaços com maior acessibilidade, além de auxiliar as empresas na contratação, treinamento, e auxílio técnico dos envolvidos.
As reuniões do Grupo de Educação Corporativa ocorrem mensalmente nas instalações da Escola de Gestão da Indústria. Para maiores informações de como participar entre em contato com o mail: observatorios.setorautomotivo@fiepr.org.br
Fonte: Globo
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