Publicado em 17/04/2013
No ano em que o Renault Duster consagrou-se como o SUV mais vendido no país, a montadora francesa viu seus lucros dobrarem por aqui. Em 2012, a Renault ganhou 440,2 milhões de reais no Brasil, ante 214,8 milhões de reais embolsados no ano anterior. No mesmo período, a receita líquida da companhia subiu 23,5%, chegando a 9,8 bilhões de reais.
A montadora também elevou o número de veículos emplacados no país para 241.573 unidades - o
aumento foi de 24,3% na comparação anual, quatro vezes superior ao crescimento do mercado em geral.
A expansão
permitiu que a empresa engordasse em 1 ponto percentual sua fatia entre as gigantes no setor, abocanhando 6,7% do mercado.
A montadora manteve, assim, seu lugar no clube das cinco maiores empresas do setor, atrás de Fiat, Volkswagen, GM e
Ford (as duas últimas perderam participação no ano passado).
Em balanço publicado no Diário Oficial do Paraná, a Renault atribuiu o resultado à estratégia de ampliação e renovação da linha de produtos. Além de colocar 46.904 unidades do SUV Duster nas ruas - o segundo colocado na categoria, o Ford Ecosport, não chegou à casa das 40.000 unidades -, a Renault lançou o Novo Clio, além do Fluence GT, Sandero GT Line e uma nova linha de motores no país.
A companhia também chamou atenção para a ampliação de 15% da rede comercial. A empresa
fechou o ano com 235 concessionárias autorizadas.
Em 2012, a Renault deu início ao programa de investimentos
para turbinar sua produção no Brasil. Mediante um aporte de 500 milhões de reais, a montadora aumentou
a capacidade do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), de 280.000 para 380.000 veículos
por ano.
O projeto, que foi finalizado no início deste ano, privilegia os modelos Duster, Sandero e Logan. Com a infraestrutura atual, a Renault consegue produzir um carro por minuto. Já a fábrica de comerciais leves continuou com a mesma capacidade de antes: 60.000 veículos por ano.
O montante gasto pela montadora faz parte do plano de investimento de 1,5 bilhão de reais para o período de 2010 a 2015. Em função da expansão que está sendo tocada, a Renault prevê que seu número de colaboradores "continue crescendo" – desde 2011, foram abertos 1.000 novos postos. Hoje, a companhia conta com 6.300 funcionários diretos.
Fonte: Marcela Ayres, Exame
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