Publicado em 21/02/2013
O Grupo Gandini, importadora da marca sul-coreana Kia Motors, anunciou nesta quarta-feira (20) que a partir de agosto deste ano iniciará a importação e distribuição dos automóveis da chinesa Geely International Corporation. Para isso, o grupo criou a Geely Motors do Brasil.
Segundo a empresa, o contrato comercial entre a Geely International Corporation e a Gandini Participações
havia sido assinado em julho de 2011.
No entanto, dois meses depois, em 15 de setembro, com a diferenciação
de 30 pontos percentuais no IPI entre carros nacionais e importados, instituída por meio do Decreto 7.567, o projeto
de importação de automóveis Geely teve de ser repensado. Segundo José Luiz Gandini, presidente
do Grupo Gandini, o projeto Geely só voltou a ter viabilidade econômica com a linha de montagem de dois modelos
da marca chinesa, com início previsto para o segundo semestre deste ano em Montevidéu, no Uruguai, e também
com planos, por parte da direção chinesa, de ter uma unidade fabril no Brasil.
Diante do fato de o Grupo
Gandini já ter, sob seu controle, a Kia Motors do Brasil e para que as operações da Geely Motors do Brasil
tenham total independência administrativa e comercial, foi nomeado Ivan Fonseca e Silva para assumir a presidência,
executivo que já esteve no comando da Ford Brasil, Aston Martin e Jaguar.
Antes do projeto Uruguai, os carros da Geely vindos diretamente da China estavam inviabilizados, sob o ponto de vista de
preço final do consumidor."
Ivan Fonseca e Silva, presidente da Geely Motors do Brasil
O primeiro Geely a
ser comercializado no país será o sedã médio EC7, a partir de agosto próximo, quando a
importadora espera ter nomeado cerca de vinte concessionárias, inicialmente nas regiões Sul e Sudeste. Em novembro,
a Geely Motors do Brasil lança o hatch compacto LC 1.0. Ambos os modelos virão da nova linha de montagem da
Geely International Corporation em Montevidéu, no Uruguai.
“Embora a linha de produtos Geely International Corporation seja mais ampla, vamos trazer inicialmente os modelos a serem produzidos no Uruguai”, enfatiza o presidente da Geely Motors do Brasil. “Antes do projeto Uruguai, os carros da Geely vindos diretamente da China estavam inviabilizados, sob o ponto de vista de preço final do consumidor, já que os modelos competem diretamente com outros importados e nacionais das mesmas categorias”, complementa.
O sedã EC7 virá nas versões com câmbio mecânico de cinco marchas e automático CVT, com motor 1.8 de alumínio, que gera 140 cavalos de potência. A Geely Motors do Brasil vai disponibilizar o EC7 com ar-condicionado, direção hidráulica, bancos revestidos em couro, entre outros itens de conforto de série.Embora os preços ao consumidor ainda não estejam definidos, sedã deve custar R$ 55 mil e o hatch, ao redor de R$ 35 mil
O hatch compacto LC 1.0 traz sob o capô um motor de 68 cavalos. A Geely Motors do Brasil também o trará
em sua versão mais completa, com ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico, airbags,
ABS, entre outros itens de conforto e segurança.
Segundo o executivo, o planejamento comercial da Geely Motors do
Brasil prevê para este ano vendas de 360 unidades por mês do sedã EC7 e 420 unidades por mês do hatch
LC 1.0.
“Embora os preços ao consumidor ainda não estejam definidos, pretendemos lançar o sedã
por cerca de R$ 55 mil e o hatch em torno de R$ 35 mil”, afirma Fonseca.
O faturamento do grupo Geely, em 2012,
foi da ordem de US$ 23 bilhões. Somente com a marca Geely, o grupo produziu em 2012 mais de 491 mil unidades, o que
significou um aumento de vendas de 16% em relação ao ano anterior. Também em 2012, a Geely foi a montadora
chinesa que mais exportou, com volumes superiores a 100 mil unidades.
O grupo automotivo Geely International Corporation
começou a fabricar automóveis em 1997. A Geely é proprietária da Volvo Cars, da Suécia,
e da Manganese Brown, fabricante de táxis na Inglaterra.
Fonte: G1
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