Publicado em 31/10/2012
O Grupo Fiat Chrysler registrou lucro líquido de € 1,02 bilhão entre janeiro e setembro deste ano, com redução de 26,1% na comparação com o mesmo período de 2011. A retração só não foi maior por causa do desempenho da Chrysler, que contribuiu com € 1,82 bilhão com o resultado, contra prejuízo de € 800 milhões da Fiat. O balanço da organização só considera os resultados da empresa norte-americana a partir de junho de 2011, quando ela foi incorporada ao grupo.
Apesar da baixa, a companhia ampliou em 73,7% o seu lucro operacional nos primeiros nove meses do ano, para € 2,82 bilhões. Mais uma vez, o resultado foi amplamente puxado pela Chrysler, que colaborou com € 2,58 bilhões contra € 243 milhões da Fiat. As receitas da organização também seguem em crescimento e alcançaram € 62,18 bilhões. O resultado representa evolução de 55,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Diante dos resultados e da perspectiva de continuidade das perdas na Europa, a empresa decidiu reduzir as projeções para o ano. O Grupo Fiat Chrysler espera encerrar o ano com receita de € 83 bilhões, lucro operacional de € 3,8 bilhões, e lucro líquido de € 1,2 bilhão.
Informações divulgadas pela agência Reuters apontam que a diminuição das expectativas se estende aos próximos anos. Representantes da companhia teriam afirmado que esperam que a queda do mercado europeu só seja interrompida em 2015. Nesse cenário, a organização cortou em 33% a meta de lucro operacional do próximo ano para até € 4,5 bilhões. No ano seguinte, o resultado deve chegar a € 5,2 bilhões.
A alta na receita foi puxada pela expansão das vendas, que somaram 3,12 milhões de unidades no período. O volume é 44,2% superior ao registrado há um ano. A maior parte do faturamento do Grupo veio da América do Norte, onde houve incremento superior a 200% com a incorporação da Chrysler, para € 32,11 bilhões. A organização vendeu 1,57 milhão de veículos na região, com alta de 19% sobre o mesmo período do ano anterior.
Na América Latina a empresa registrou receita de € 8,16 bilhões nos primeiros nove meses do ano, com crescimento de 4,5%. As entregas cresceram 3%, para 712 mil veículos. Em comunicado aos investidores, o Grupo destaca ter mantido a liderança no mercado brasileiro no período, com participação de 23,1% e 614 mil carros de passageiros e comerciais leves emplacados.
As receitas geradas na Ásia e na Oceania cresceram para € 2,30 bilhões no período, com a venda de 80,5 mil unidades. Houve expansão de 23% nas vendas na China, de 49% na Austrália, de 34% no Japão e de 29% na Coreia do Sul.
As maiores perdas do grupo ficaram concentradas na Europa. Houve diminuição de 8,9% no faturamento na região, para € 13,24 bilhões. As vendas somaram 764 mil unidades, entre automóveis e comerciais leves. O volume é 16% inferior ao anotado entre janeiro e setembro de 2011.
As marcas de luxo do Grupo, Ferrari e Maserati, registraram faturamento de € 2,10 bilhões, alta de 8%. A divisão de autopeças e componentes, que inclui Magneti Marelli, Teksid e Comau, teve desempenho negativo em 1,1%, para receita de € 5,98 bilhões.
Fonte: Automotive Business
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