Publicado em 25/10/2012
O governo anunciou nesta quarta-feira a prorrogação, até o fim do ano, das alíquotas menores de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao setor automotivo. O objetivo é manter o estímulo ao consumo, sem alta de preços, e dar fôlego ao crescimento da economia.
Coube à presidente Dilma Rousseff afirmar, em visita ao Salão Internacional do Automóvel, em São
Paulo, que o benefício tributário não acabaria em 31 de outubro. Mais tarde, o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, explicou que a prorrogação tem o objetivo de manter as vendas aquecidas no setor sem aumento de preços.
"Não
queremos que haja aumento de preços neste fim de ano. Se suspendêssemos a desoneração, as empresas
iriam aumentar os preços e queremos que os preços continuem baixo", ressaltou ele.
Mantega afirmou ainda que os dois meses a mais de benefício tributário terão efeito de contenção da inflação. "Sempre que pudermos contribuir para baixar a inflação, o faremos", sustentou.
A redução do IPI depende da cilindrada do automóvel e se está contemplado pelo regime automotivo e Mantega adiantou que as mesmas alíquotas atuais continuarão valendo por mais dois meses. O mais beneficiados são os modelos 1.0, cujo imposto continua com alíquota zero. Modelos de até 2 mil cilindradas têm alíquota de 5,5 até 6,5 por cento, enquanto que os utilitários, de 1 por cento.
Mantega voltou a falar que o imposto menor tem como prerrogativa que as empresas continuarão aumentando o emprego
no setor.
O governo avalia que o setor automotivo é essencial para a economia brasileira porque responde por cerca
de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. Além disso, tem efeito multiplicador na cadeia de produção
por intermédio da compra de autopeças, máquinas e equipamentos.
O benefício foi anunciado em maio e já foi prorrogado uma vez em agosto. Agora, Mantega disse que a redução não deve se manter em 2013. "Provavelmente é a última prorrogação", afirmou.
Fonte: Eduardo Simões e Tiago Pariz, Reuters
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