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Publicado em 24/08/2018
Meinerz, que abriu o painel, destacou que o êxodo rural hoje em dia é muito baixo no Brasil em razão da tecnologia, que hoje é acessível para todos. "O jovem fica no campo porque está conectado ao mundo digital. Ele quer aplicar o conhecimento que aprendeu na faculdade na sua propriedade", observou.
No entanto, segundo ele, é preciso profissionalizar a gestão no campo, aproveitando as informações fornecidas por softwares e equipamentos para facilitar a tomada de decisões do produtor rural.
O cônsul-geral de Israel, Dori Goren, por sua vez, contou que o seu país passou por uma grande transformação tecnológica nas últimas décadas, saindo da condição de uma nação de poucos recursos para uma potência empreendedora e de inovação.
"Há 70 anos a nossa exportação era de laranjas, mas exportar laranjas era exportar a água que não temos. Hoje, exportar sementes de tomate e cereja é muito mais lucrativo do que comercializar laranja. Nossas exportações hoje são mais sofisticadas", afirmou Goren.
Segundo o cônsul, atualmente Israel é uma nação de startups, onde a cada ano nascem 1,5 mil empresas desse tipo. Algo que vem da tolerância do israelense ao fracasso. Startups que não dão certo são boas experiências para o empreendedor aprender e não desistir, segundo ele, pois é com os erros que se desenvolve musculatura para prosseguir e não desistir.
Esse mesmo traço cultural de persistência que ajudou Israel " um país sem recursos naturais e localizado em um território de conflito " a se tornar um potência em inovação tecnológica e empreendedorismo. Característica que, de acordo com o cônsul, podem ser copiadas por outros países.
Mas para isso é importante também que se promova uma interação do setor privado, governo e ambiente acadêmico, o que impulsiona ambientes inovadores com produtos interessantes.
O cônsul disse ainda que acredita que o Brasil, que já é um gigante do setor produtivo, no futuro com certeza será líder mundial na agricultura.
Paraná
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, George Hiraiwa, disse que o estado possui mecanismos para impulsionar um bom ecossistema de inovação. "Temos oportunidade de fazer o Paraná ser a vanguarda no agro digital", frisou.
Já o presidente do Sistema Ocepar, José Ricken, disse que não basta apenas tecnologia, o segredo é haver conexão entre os player do agronegócio, desde produtores, cooperativas, governo e outros.
De acordo com ele, o setor cobra políticas modernas, sem amadorismo. "Queremos ser protagonistas do nosso desenvolvimento. Temos que nos adequar à demanda e gerá-la. Isso se faz com tecnologia", afirmou.
Fonte: Gazeta do Povo
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