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Publicado em 27/06/2018
A indústria de transformação do Paraná, considerada a que mais gera desenvolvimento econômico, cresceu em 2016 e já ocupa a terceira posição entre os estados da federação. A informação é da Pesquisa Industrial Anual (PIA), que faz parte do Programa Anual das Pesquisas Estruturais por Empresa, divulgada pelo IBGE.
A pesquisa tem por objetivo identificar as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no país e suas transformações. ?Este é o principal estudo sobre a indústria brasileira, o mais completo e o que analisa a maior quantidade de dados. Por este motivo é que é divulgado um ano e meio após o período analisado?, avalia o economista da Fiep, Roberto Zurcher.
O mais importante fator a ser destacado nesta edição é o avanço do Paraná. O economista explica que a indústria é classificada em quatro setores: extrativa, de transformação, da construção civil e de utilidade pública (fornecimento de gás, energia, água e esgoto e reciclagem). ?A pesquisa avalia a indústria extrativa e a de transformação, sendo esta última a mais importante no estado, a que está mais ligada ao setor produtivo do Paraná e a que mais impacta a economia?, comenta.
Em relação às receitas líquidas de venda de produtos, serviços e mercadorias, deduzidos dos impostos (ICMS, PIS/PASEP, COFINS, IPI, etc), o Paraná superou o Rio Grande do Sul e passou a ocupar a terceira posição, com R$ 215 bilhões, atrás apenas de São Paulo (R$ 917 bilhões) e Minas gerais (R$ 236 bilhões).
Outro resultado da indústria de transformação analisado é o valor bruto da produção, que contabiliza o total de transferências, somadas às vendas e ao estoque de itens fabricados, em curso de fabricação e o de outras unidades. Neste quesito, o Paraná manteve a quarta posição, somando R$ 196 bilhões, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Já com relação ao valor da transformação industrial, que é a diferença entre o valor bruto da produção industrial (VBPI) e o custo com as operações industriais (COI), o estado recuperou a terceira posição, perdida em 2015 para o Rio Grande do Sul. Em 2016, ano de avaliação da pesquisa, o valor da transformação industrial atingiu a R$ 79 bilhões. No topo da lista estão São Paulo (R$ 363 bilhões) e Minas Gerais (R$ 91 bilhões).
Os setores industriais paranaenses que tiveram destaque nas receitas líquidas de vendas foram o da Madeira, que obteve a primeira colocação, com R$ 7 bilhões ou 31,8% da produção nacional. Alimentos (R$74 bilhões, 12,5% da produção nacional); Celulose e Papel (R$ 11,9 bilhões, 13,9% da produção nacional); e Veículos Automotores (R$ 22,6 bilhões, 10,6% do total do país) ocupam a segunda colocação em nível nacional. Impressão (R$ 1,5 bilhões, 8,7% da produção nacional); Minerais não metálicos (R$ 5,7 bilhões, 7,5% da produção nacional); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (R$ 6,7 bilhões, 9,4% da produção nacional); Máquinas e Equipamentos (R$ 10,6 bilhões, 9,9% da produção nacional); e Móveis (R$ 4,3 bilhões, 15,3% da produção nacional) em terceiro. E o quarto lugar em Têxteis (R$ 2,4 bilhões, 6% da produção nacional); Vestuário (R$ 3,3 bilhões, 7,6% da produção nacional) e Equipamentos de Informática (R$ 2,6 bilhões, 3,4% da produção nacional).
O resultado da pesquisa aponta que a evolução foi gradativa. Desde o início dos anos 2000 o Paraná vinha apresentando melhoras e esta tendência se concretizou agora, culminando com o fato de superar o estado gaúcho. ?Acredito que um bom caminho a seguir para se manter nesta meta de crescimento é o Paraná adotar políticas ativas de desenvolvimento industrial focadas em agregar mais valor aos produtos primários paranaenses e em aumentar a competividade?, alerta. Para ele, ter as cadeias produtivas completas, investir em infraestrutura e na qualificação de mão-de-obra pode trazer resultados ainda melhores. ?Sabemos que metade dos trabalhadores da indústria do Paraná passam por cursos de qualificação do Senai. Isso é um passo fundamental para preparar os profissionais para utilizarem as novas tecnologias empregadas na indústria?, acrescenta Zurcher.
Fonte: Agência Fiep
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