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Publicado em 05/10/2017
Uma nova empresa focada em biotecnologia foi criada a partir de investimentos conjuntos da Bayer, que tem sede na Alemanha, e da norte-americana Ginkgo Bioworks. O aporte total é de US$ 100 milhões e a companhia recém-lançada ficará nos EUA, onde também funciona a divisão de pesquisa e desenvolvimento da gigante alemã.
O objetivo do empreendimento é criar soluções e produtos que melhorem a fixação de nitrogênio pelas plantas, parte essencial ao desenvolvimento das lavouras.
Embora culturas como a soja, ervilhas e outras leguminosas possam ser combinadas com microrganismos específicos que vivem dentro da planta – que formam o microbioma do vegetal - e satisfazem suas necessidades de nitrogênio, a maior parte das outras culturas não tem essa capacidade. O fertilizante nitrogenado é, por um lado, componente fundamental na agricultura moderna, mas, por outro, aumenta o custo de produção e pode trazer riscos ambientais se utilizado de forma ineficaz, com maior emissão de gases de efeito estufa e poluição da água.
“O acesso ao microbioma faz parte da estratégia de inovação da Bayer. Estamos lançando esta empresa a fim de desenvolver produtos agrícolas transformadores baseados nas mais recentes tecnologias de biologia sintética”, afirma Kemal Malik, membro do Conselho de Administração da Bayer e responsável pela área de Inovação. “Estabelecemos esta parceria exclusiva com a Ginkgo a fim de construir um player líder neste campo”.
“A biologia está mudando setores diversos, que vão dos aromatizantes e fragrâncias aos produtos eletrônicos. A agricultura é a tecnologia biológica original e quanto mais pudermos aprender a trabalhar com o microbioma do solo, mais poderemos descobrir novas maneiras de agregar valor aos agricultores e retornar às suas raízes biológicas e mais sustentáveis”, afirma Jason Kelly, cofundador e diretor-presidente da Ginkgo Bioworks. “Estamos muito felizes em trabalhar com a Bayer para que essa aspiração transformacional seja vital”.
“O microbioma das plantas é uma das próximas fronteiras da agricultura sustentável”, afirma Axel Bouchon, responsável pelo Bayer Life Science Center. “Isso pode nos permitir dar um grande salto na fisiologia das plantas: produzir fertilizantes nitrogenados diretamente na planta. Estamos confiantes na proposta de combinar a mais sofisticada ciência das plantas e a liderança em tecnologia de microrganismos para ajudar a enfrentar esse desafio.”
O fechamento da operação está sujeito às condições usuais e deve ocorrer até o final de 2017.
Com sede em Boston, nos EUA, a Ginkgo Bioworks utiliza a tecnologia mais avançada do planeta – a biologia – para cultivar produtos em vez de fabricá-los. A plataforma tecnológica da empresa está trazendo a biotecnologia para os mercados de bens de consumo, permitindo que empresas de fragrâncias, cosméticos, nutrição e alimentos produzam produtos melhores.
A Bayer é uma empresa global focada em Ciências da Vida nas áreas de cuidados com a saúde humana e animal e agricultura. A companhia objetiva criar valor por meio da inovação. Em 2016, o grupo empregou cerca de 115 mil pessoas e obteve vendas de € 46.8 bilhões.
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