No piloto, desenvolvido pela Rede CIN e pelo SENAI, serão selecionadas 12 empresas dos setores de alimentos, bebidas, cosméticos
e confecção de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina com bom potencial de exportação.
Não se pode julgar um produto pela embalagem, certo? Na prática não é bem assim. Consumidores
estão cada vez mais exigentes quanto ao design e às funcionalidades das embalagens. A qualidade e a adequação
têm impactos na cadeia de produção e exportação muito antes de chegar ao consumidor final.
Pensando nisso, a Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), coordenada pela
Confederação
Nacional da Indústria (CNI), e o
Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI) desenvolveram um projeto para ajudar pequenas e médias empresas brasileiras
a fazer da embalagem uma vantagem para abrir novos mercados no exterior.
Para isso, o piloto selecionará
12 empresas dos setores de alimentos, bebidas, cosméticos e confecção de Goiás, Minas Gerais,
Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina com bom potencial de exportação. Elas receberão atendimento
coordenado entre os CINs, instalados nas federações estaduais de indústrias, e o SENAI. A Rede CIN entrará
com a inteligência comercial e o apoio à promoção de negócios e o SENAI com a execução
técnica da adequação das embalagens. Assim, o projeto compreenderá prospecção de
mercados externos, análise das empresas selecionadas, plano de adequação de embalagens com foco no mercado
alvo, implementação das mudanças na embalagem, apoio especializado para negociação com
compradores até a exportação efetiva.
Uma pesquisa da multinacional MeadWestvaco Corporation
(MWV), de 2015, mostrou que 37% das pessoas entrevistadas em todo o mundo afirmaram ter comprado um novo produto motivados
pela funcionalidade da embalagem. Na mesma enquete, 37% relataram ter testado um novo produto porque a embalagem chamou a
atenção.
Para o setor de cosméticos, a meta é preparar as empresas para atender
às exigências da Colômbia e de Dubai, mercados receptivos ao cosmético brasileiro. Já o setor
de alimentos deve focar em ampliar o acesso de produtos do Brasil ao público do Chile. Os países foram selecionados
com base em ações prévias da Rede CIN na identificação de oportunidades para a indústria
brasileira nos países vizinhos. Presente nas federações de indústria dos 26 estados e do Distrito
Federal, a Rede CIN conta com especialistas de comércio exterior que desenvolvem soluções encadeadas
e complementares para os diversos níveis de maturidade das empresas brasileiras.
Com a expertise dos
Institutos SENAI
de Tecnologia, que compõem uma rede de 39 centros em operação no Brasil inteiro e outros 18 em fase
de planejamento e implementação, as empresas receberão o suporte necessário em registro de marcas,
design, tendências para o setor além de diagnóstico técnico para adequação da embalagem
- do material ao rótulo.
BENEFÍCIOS - Na prática, a atuação
conjunta da Rede CIN e SENAI permite uma oferta integrada e complementar para as empresas atendidas pelo Sistema Indústria.
"Estamos permitindo que a inteligência de mercado, já consolidada pela Rede CIN, multiplique os atendimentos
para o Sistema Indústria. Quem mais ganha com este alinhamento é a empresa, que receberá atendimento
completo para se internacionalizar", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
"O SENAI tem se consolidado como um dos principais parceiros da indústria para ampliar a sua competitividade nacional
e internacionalmente. Para isso, reúnimos o conhecimento técnico para ajudar as empresas a solucionar desafios
de inovação, tecnológia e design para ampliar a capacidade de atuar no exterior", afirma Rafael Lucchesi,
diretor-geral do SENAI.
Lucas Baldissera, especialista em gestão e design de embalagem e consultor
do projeto, explica que muitas vezes os benefícios vão além da relação com o consumidor.
"Conseguimos substituir materiais poluentes por materiais recicláveis, por exemplo. Além disso, o desenho da
embalagem é fundamental na hora de pensar na logística e no transporte. Com a embalagem certa, os bens não
quebram, não há prejuízo com a devolução ou danos aos produtos", explica.
Envie para um amigo