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Publicado em 22/08/2017
Agora é oficial, Curitiba é a capital da cerveja artesanal. O título foi aprovado em 2º votação no dia 22/08 pelos vereadores, com 22 votos a favor e uma abstenção, e segue para sanção do prefeito Rafael Greca. A sanção do prefeito, porém, deve ser apenas uma formalidade.
Embora Curitiba não seja a capital brasileira com o maior número de microcervejarias (São Paulo fica na frente), é a cidade onde estão localizadas muitas das marcas mais reconhecidas e premiadas, como Morada Cia. Etílica, Bodebrown, Way Beer e BierHoff.
O projeto de lei, de autoria da bancada do PDT, também instituiu a última semana de maio como a Semana da Cerveja Artesanal em Curitiba. Além dele, outro texto do vereador Bruno Pessuti (PSD) também foi aprovado em 2ª votação na Câmara Municipal e incluiu no calendário oficial o Festival Paranaense de Cervejas Artesanais (ProcervaFest), promovido pela Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva), realizado em agosto. Ambos os textos devem passar pelo prefeito Rafael Greca sem dificuldade.
A própria prefeitura lançou no encerramento da última ProcervaFest, no último dia 12, o Curitibéra, roteiro oficial com as cervejarias artesanais da Grande Curitiba. O roteiro inclui 33 cervejarias artesanais mapeadas em oito bairros de Curitiba. São eles Santa Felicidade, Cabral, Cristo Rei, Santa Quitéria, Água Verde, Hauer, Boqueirão e Umbará. Também fazem parte do mapa as cidades de Colombo, Pinhais, Campo Largo, Araucária e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana
Movimento mundial
O movimento de valorização das cervejas artesanais é mundial, mas Curitiba soube catalisar a onda, com explica o sommelier de cerveja e colunista do Bom GourmetLuís Celso Jr. “O que vivemos é um resgate das tradições cervejeiras que foram esquecidas no início do século 20 por conta das grandes guerras e da lei seca norte-americana, por exemplo. Neste período, a american lager se popularizou e virou a referência de cerveja. As pessoas foram esquecendo os outros estilos. A partir da década de 1970, os americanos voltam a olhar para essa tradição perdida. É o renascimento das cervejas artesanais, um termo que chamados de ‘craftbeer renaissance’”, explica o sommelier de cerveja e colunista do Bom Gourmet Luís Celso Jr.
O movimento demorou duas décadas para chegar ao Brasil. “1995 é o marco zero desse movimento no Brasil, com a fundação da Dado Bier (do Rio Grande do Sul). Aí veio a Colorado. Mas de 1995 a 2006 esse movimento foi ainda embrionário. É a partir de 2006 que ganha força”, conta o jornalista.
Dados do Instituto da Cerveja, entidade que oferece cursos de capacitação relacionados à bebida, mostram que o país saiu de menos de 50 microcervejarias em 2005 para quase 500 em 2016. A maioria esmagadora (91%) nas regiões Sul e Sudeste. “No Sul por ser uma região de colonização alemã. Há uma predisposição a mais de gostar de cervejas diferentes. Isso fez com que largássemos na frente nessa revolução cervejeira”, diz Luis Celso.
Veja o roteiro do Curitibéra
Fonte: Gazeta do Povo
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