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Publicado em 16/02/2017
A maior cooperativa da América Latina, a Coamo, de Campo Mourão (região Central do Paraná), quebrou mais um recorde de faturamento. Mesmo com o Brasil em recessão, a empresa faturou R$ 11,4 bilhões no último ano, crescimento de 7,3% ante o desempenho de 2015. Os dados foram anunciados dia 15 de Fevereiro, durante a 47.ª Assembleia Geral Ordinária (AGO), quando são apresentados aos cooperados os resultados do ano que passou.
As sobras financeiras que serão revertidas para os cooperados (de acordo com a movimentação de cada um), que representam o lucro da cooperativa no ano, totalizaram 338 milhões de reais, alta de 5,6%. A cooperativa tem 28.051 associados. Se fosse dividido igualmente, daria R$ 12 mil para cada associado.
O desempenho só não foi maior por causa das perdas registradas na última safra. A cooperativa recebeu movimentou 6,6 milhões de toneladas de produtos agrícolas no ano passado (3,5% da produção brasileira de grãos), uma queda de 6,25%. “A crise econômica não nos afetou. A Coamo é capitalizada. Nós tivemos problemas com a safra de verão e a safrinha, mas o câmbio nos favoreceu muito no decorrer do ano anterior, o que ajudou a alavancar o faturamento. Se não fossem as perdas no campo e a depreciação do dólar, nós fecharíamos com um faturamento na casa dos R$ 14 bilhões”, afirma José Aroldo Gallassini.
Ele acredita que o agronegócio foi eficiente para contornar o cenário adverso do país e vai continuar crescendo. Segundo Gallassini, ainda não é possível afirmar com certeza, mas 2017 também será um ano de crescimento. “Tudo indica que teremos um ano de recuperação nas lavouras. Nós esperamos um crescimento de 7% a 10% em relação a 2016”, diz.
A Coamo tem 118 unidades, localizadas no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. No ano passado, a cooperativa investiu R$ 391,57 milhões em obras, como a modernização e ampliação de indústrias e entrepostos; e a criação de um posto de recebimento em Engenheiro Beltrão (PR), inaugurada no início deste ano. Para os próximos anos, a empresa vai abrir duas novas indústrias em Dourados (MS), uma refinaria de óleo de soja e outra para processamento do grão.
Fonte: Gazeta do Povo
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