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Publicado em 25/01/2017
Incertezas são o que mais temos, porém ideias norteadoras e essenciais para a construção de
um futuro mais sustentável já existem. Não podemos ignorar as necessidades das gerações
futuras e afirmar que as mudanças reais se fundamentam em novas maneiras de pensar e perceber.
O termo
sustentabilidade é a expressão da necessidade de se viver no presente de maneira a não prejudicar o “amanhã”.
Precisamos colocar em prática processos sustentáveis que possam ser executados sem provocar danos ambientais
negativos ou acarretar custos demasiadamente altos para todos os atores envolvidos.
Não podemos mais pensar
apenas em suprir as nossas necessidades e objetivos atuais. Nosso mundo é moldado não somente por indivíduos
isolados, mas por uma rede de empresas e de instituições governamentais e não governamentais que influenciam
desde os produtos que fabricamos, os alimentos que ingerimos até a energia que consumimos. Por isso, as organizações
não podem mais esperar para competir nos próximos anos sem levar em conta os problemas mais amplos que se interpõem
entre o agora e o futuro.
As mudanças necessárias nos próximos anos envolverão transformações
fundamentais para uma nova mentalidade. Precisamos discutir e trabalhar em três áreas que estão interligadas:
energia e transporte, alimentos e água, resíduos sólidos e toxidade. Nesse último caso, devemos
discutir o que fazer e como descartar tais resíduos.
Para criar um futuro diferente é preciso aprender
a ver os sistemas de forma ampla, além de estimular a colaboração. Não existe fórmula mágica
para colocar em prática, contudo, existem princípios, práticas e pontos de partida.
O primeiro
passo é cuidar de recursos comuns, pois, conforme intervenções pontuais deixarem de ser colocadas em
prática, mudanças reforçadoras serão desencadeadas. Por ser um modelo natural, o fomento de “bolas
de neve” se trataria de uma estratégia intuitiva para os inovadores da sustentabilidade.
Quando
as organizações e as unidades de negócios mudarem as suas escolhas, adotando novos processos, produtos
e serviços mais sustentáveis, os efeitos, com certeza, serão multiplicadores.
Cabe ressaltar
a movimentação voltada à elaboração e colocação em prática de Planos
de Logística Reversa, cujo conceito vem de encontro com as nossas atuais necessidades, pois tem o propósito
de estabelecer e implantar um sistema de logística reversa de produtos e embalagens pós-consumo, bem como desenvolver
ações que diminuam a quantidade de resíduos gerados, com a finalidade de atender a Política Nacional
de Resíduos Sólidos e, dessa forma, minimizar os impactos ao meio ambiente.
A colocação
em prática dos diversos Planos de Logística Reversa existentes no Brasil, somente poderão se dar por
meio de associações específicas, que tenham entre os objetivos: representar os interesses de seus associados
nos procedimentos de logística reversa que impactarem as atividades empresariais, indicando meios para o atendimento
à legislação aplicável nos âmbitos federal e estadual; acompanhar e dar suporte a projetos
que visem concretizar a Política Nacional de Resíduos Sólidos; produzir e divulgar informações
sobre sistemas, embalagens e materiais que minimizem a quantidade de resíduos e o impacto ao meio ambiente dentro do
princípio dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) e desenvolver ações voltadas à educação
ambiental em todos os elos da cadeia de valor, com ênfase na Politica Nacional de Resíduos Sólidos e na
logística reversa de embalagens, entre outros.
É preciso, ainda, representar as associadas na adesão
aos Acordos Setoriais de Logística Reversa e Termos de Compromisso perante órgãos do Poder Público;
tomar as medidas necessárias para que as disposições aprovadas pelas assembleias gerais da Coalizão
de Empresas signatárias do Acordo Setorial sejam atendidas, contribuir para o desenvolvimento, a difusão e a
implantação de logística reversa de embalagens na cadeia produtiva das empresas associadas; organizar
eventos para a difusão da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com ênfase para logística
reversa; prospectar infraestrutura, negócios, mecanismos e recursos financeiros para a área de logística
reversa; propor medidas judiciais e administrativas em defesa dos interesses de seus associados e, por fim, representá-los
perante entidades privadas e públicas em relação a temas pertinentes à logística reversa.
A construção da capacidade de colaborar é trabalho árduo, que demanda o melhor das pessoas,
em especial quando os representantes de diferentes elos estão envolvidos. Existe um futuro à espera de nossas
escolhas!
Cris Baluta é consultora técnica de Logística
Reversa do Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimentícias e Biscoitos, de Doces e Conservas
Alimentícias do Paraná (Sincabima); é conselheira e coordenadora de Meio Ambiente da Câmara de
Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná); e é diretora comercial e de Ecorrelacionamento
com Clientes da Roadimex Ambiental.
Fonte: CNI
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