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Publicado em 22/11/2016
Avaliados durante o segundo ciclo de análise em 2016 do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, 40 projetos em diferentes áreas foram aprovados e serão anunciados pela Fundação em evento em sua sede, dia 22 de novembro.
Entre os 40 projetos a serem anunciados estão os de desenvolvimento de bomba de infusão de insulina minimamente invasiva; desenvolvimento de nanofibras de biocelulose para aplicação na liberação de fármacos; cosméticos com ação bactericida e cicatrizante antiacne; um framework para agregar dados de Internet das Coisas com outras fontes; e sensores de movimento para aplicação biomecânica.
Os projetos incluem, ainda, um novo modelo de produção de peixes; um sistema de simulação para operações portuárias; um sistema para utilização de resíduos sólidos da produção de suco de laranja e café em compostos poliméricos; e a simulação computacional de interferências eletromagnéticas em sistemas eletrônicos aeroespaciais e automotivos, entre outros.
Os projetos aprovados no PIPE são conduzidos por pesquisadores em empresas brasileiras com até 250 empregados, sempre instaladas no Estado de São Paulo. Dos 40 projetos aprovados neste ciclo, 18 foram apresentados por empresas a serem constituídas.
Outro diferencial do PIPE é que o proponente deve demonstrar conhecimento e competência técnica no tema do projeto, não sendo necessário apresentar nenhum título formal de graduação ou pós-graduação.
Os projetos de pesquisa podem se desenvolver em três fases. A Fase 1, de demonstração da viabilidade tecnológica do produto ou processo proposto, tem duração de até nove meses e recursos de até R$ 200 mil. Na Fase 2, o projeto pode receber até R$ 1 milhão para desenvolver o produto ou processo inovador, por prazo de até 24 meses.
A empresa poderá ser apoiada também na fase do desenvolvimento comercial do produto, conhecida como fase 3, por meio de linhas de fomento que articulam recursos da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no âmbito do Programa PIPE-PAPPE.
A cada ciclo, a Fundação destina até R$ 15 milhões para projetos de pesquisa que levem ao desenvolvimento de produtos, processos e serviços, em todas as áreas do conhecimento. Neste ano, o 3º e 4º ciclos de análise de projetos já foram encerrados, e os projetos inscritos estão em processo de avaliação. O primeiro ciclo de análise de 2017 já está aberto e recebe propostas até 30 de janeiro.
“O PIPE FAPESP apoia a conversão de ideias em negócios, financiando pesquisas em pequenas empresas. Em 2016 já foram contratados 170 projetos de pesquisa e 301 bolsas. Com esse apoio, pequenas empresas têm desenvolvido tecnologias competitivas mundialmente, em todos os setores da economia, especialmente em agricultura, saúde e materiais”, destaca o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Desde 1997, quando foi criado, o PIPE já apoiou 1.575 projetos, com uma média de aprovação de quatro projetos de pesquisa por semana. O site do programa traz, além das normas e respostas a dúvidas frequentes, também notícias sobre as chamadas e pesquisas aprovadas, agenda e vídeos explicativos sobre o PIPE.
Durante o evento será feita uma apresentação da pesquisa desenvolvida pela empresa Apis Flora, produtora de medicamentos à base de mel, própolis e produtos naturais, que mais recentemente passou a atuar em sistema de liberação de fármacos com base em produtos naturais.
Com apoio do PIPE, a empresa desenvolveu um projeto para criação de um medicamento à base de louro-de-cheiro (Ocotea duckei) para o tratamento da leishmaniose visceral e tegumentar, causadas por protozoários do gênero Leishmania, e de um sistema de base nanotecnológica que permite a liberação controlada dos componentes ativos da planta no tecido infectado, já patenteado.
Para participar do evento é necessário fazer inscrição eletrônica, no endereço www.fapesp.br/eventos/40pipes/inscricao.
A Chamada de Propostas para o primeiro ciclo de análise do PIPE em 2017 pode ser acessada em www.fapesp.br/pipe/chamada-1-2017.
Mais informações sobre o programa estão disponíveis em www.fapesp.br/pipe.
Fonte: Agência FAPESP
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