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Publicado em 25/07/2016
Em sete anos, o seleto grupo de cooperativas com faturamento superior a R$ 1 bilhão ganhou sete novos integrantes no Paraná. De apenas seis em 2008 (Coamo, Cocamar, C.Vale, Lar, Agrária e Integrada) o clube do bilhão soma hoje 13 cooperativas. A considerar o faturamento registrado em 2015, nos últimos anos passaram a reforçar o time as cooperativas Copacol, Castrolanda, Coopavel, Frimesa, Frísia (antiga Batavo), Copagril e Coasul. As 13 cooperativas aparecem no ranking das 1000 maiores empresas do Brasil, divulgado há poucos dias pela revista Exame.
Juntas, elas somaram uma receita superior a R$ 40 bilhões, o equivalente a 65% dos pouco mais de R$ 60 bilhões do sistema cooperativo paranaense. Três delas respondem por quase R$ 20 bilhões dos R$ 40 bilhões – Coamo, C.Vale e Lar. E uma delas, a Coamo, sozinha, por R$ 10 bilhões. É muito dinheiro. Ou melhor, é muita renda. E uma renda distribuída. Porque a essência da cooperativa é a distribuição de renda. O que merece destaque, no entanto, é que a geração dessa receita também está distribuída. E bem distribuída, por todas as regiões do estado.
Embora cada cooperativa esteja presente em pelo menos dez municípios em sua área de atuação, a título de análise do papel econômico e social do sistema, vamos olhar apenas as cidades onde elas surgiram e também onde está a sede de cada uma. Campo Mourão, Maringá, Palotina, Medianeira (duas das treze), Guarapuava, Londrina, Cafelândia, Castro, Cascavel, Carambeí, Marechal Cândido Rondon e São João. Do Oeste aos Campos Gerais, do Norte ao noroeste, sudeste e região central, em praticamente todo o Paraná.
O avanço das cooperativas em faturamento coincide com a década de ouro do agronegócio brasileiro. Um período em que o país praticamente dobrou a produção e mais que dobrou as exportações de proteína animal e vegetal. O Brasil acessou novos mercados, investiu em tecnologia e ganhou competitividade no disputado mercado internacional. O Brasil, por exemplo, passou a liderar as exportações mundiais de frango e de soja. E passou a embarcar milho, mercado que antes não existia à produção brasileira.
No Paraná, as cooperativas não apenas aproveitaram essa oportunidade como foram além. Em uma nova onda agroindustrial, como a vivida na década de 90, o estado investiu na indústria da transformação, adicionou mais valor e renda à produção primária e se destacou ainda mais no comércio global. Atualmente, mais da metade da produção do estado passa por algum estágio de processamento.
O investimento se reverteu em resultado não apenas ao sistema cooperativo, como ao agronegócio paranaense. O próximo passo, ou a próxima meta das cooperativas, é chegar aos R$ 100 bilhões de faturamento nos próximos anos. Entre as estratégias está uma presença mais forte no varejo, o que depende, basicamente, de mais agroindústrias, com maior agregação de valor.
Fonte: Gazeta do Povo
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