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Publicado em 24/05/2016
Roupas, malas, sapatos e diversos acessórios agora podem imitar couro a partir de um novo material, graças a pesquisadores da Iowa State University, nos Estados Unidos. Quase idêntico ao couro no visual e no tato, este produto sintético é produzido por meio da fermentação de chá.
A descoberta foi feita quando o time de pesquisadores da universidade, liderado pela professora Young-A Lee, estudava o subproduto de colônias de bactérias e levedura encontradas na kombucha – uma bebida feita a partir da fermentação de um chá rico em cafeína.
Trata-se de uma película de composto de fibra de celulose em forma de gel que, uma vez recolhida e seca, dá origem a um material muito similar ao couro. Como as fibras são totalmente biodegradáveis, os produtos produzidos a partir deste tipo de couro falso têm um ciclo de vida ainda mais sustentável.
Em condições controladas por laboratório, o material leva em torno de três a quatro semanas para se desenvolver. Apesar de não ser necessário tanto tempo para fabricar outros materiais de couro sintético, os pesquisadores acreditam que a espera para que o composto se desenvolva, seque e seja tratado vale a pena. Eles defendem que este tecido renovável produzido a partir da celulose pode representar um futuro alternativo e mais sustentável para a moda e para a humanidade como um todo.
O "couro de chá" foi testado em cosméticos, alimentos e tecidos biomédicos para curativos, apresentando rendimentos variáveis em cada um deles. Mas Lee se concentrou em fabricar peças de vestuário.
Segundo ela, o fato de que a fibra é 100% biodegradável é um benefício significativo para a indústria da moda, que não apenas gera uma grande quantidade de resíduos, como também já se viu às voltas com vários protestos de entidades defensoras dos animais.
“Para a maioria das pessoas, a moda é uma expressão efêmera de cultura, arte e tecnologia se manifestando em forma”, afirma Lee. “As empresas de moda produzem novos materiais e roupas, de estação em estação, de ano após ano, para corresponder às necessidades e desejos dos consumidores. Pense para onde esses artigos, eventualmente, irão. Eles ocuparão espaços subterrâneos enormes, como qualquer outro lixo.”
Fonte: Conexão Planeta e Inovação Tecnológica
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