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Publicado em 26/04/2016
O programa Brasil Mais Produtivo vai atender, ao longo de 2016 e 2017, 3 mil indústrias de pequeno e médio porte em todo o país, com o objetivo de aumentar em 20% sua produtividade. O programa – que terá coordenação técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) – prevê modificações rápidas e de baixo custo nas empresas para alcançar ganhos expressivos de produtividade por meio de técnicas de manufatura enxuta. A iniciativa, sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), tem como parceiros, além do SENAI, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O conceito de manufatura enxuta baseia-se na redução de sete tipos de desperdícios (super-produção,
tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos). Trata-se de uma resposta
rápida para o dilema da baixa produtividade da indústria brasileira. Para sua primeira fase de execução,
estão previstos R$ 50 milhões em investimentos, dos quais R$ 25 milhões foram aportados pelo MDIC e os
outros R$ 25 milhões pelo SENAI.
Durante o lançamento, o secretário de Desenvolvimento da
Produção do MDIC, Carlos Gadelha, ressaltou que a iniciativa é uma boa opção por não
inventar a roda. “Vamos partir de metodologias testadas e que já apresentaram bons resultados”, disse.
O programa é inspirado no projeto-piloto
do Indústria Mais Produtiva, desenvolvido em 2015 pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI) junto a 18 empresas de médio porte (com faturamento entre R$ 3,6 milhões
e R$ 20 milhões) dos setores de alimentos, confecção, calçados, metalmecânico e brinquedos
nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Ceará.
DA PORTA
PARA DENTRO
O resultado foi um retorno financeiro entre oito e 108 vezes o valor (R$ 18 mil) investido pelas indústrias. Entre
outros resultados, foram registrados 42% de aumento médio de produtividade; 41% de ganho em qualidade do processo produtivo
e 21% de redução de custo de produção.
A produtividade é o aspecto da competitividade
que mais depende da ação da própria indústria. Na visão do presidente da CNI, Robson Braga
de Andrade, a adoção de um leque de medidas para melhorar a produtividade é urgente para as empresas
brasileiras. Ele destacou que é preciso melhorar a formação dos trabalhadores, mas também é
necessário avançar na qualidade dos processos produtivos.
" O projeto mostrou que é
possível ter ganhos significativos de maneira rápida e econômica, alcançando um grande número
de empresas. Num ambiente atual, de fortes restrições fiscais e de reequilíbrio macroeconômico,
o Brasil Mais Produtivo se apresenta como um instrumento realista e eficaz da política industrial", destacou Andrade.
COMO PARTICIPAR
As empresas interessadas devem entrar na página do Brasil Mais Produtivo. São aptas a participar do programa as indústrias manufatureiras de pequeno e médio porte, que tenham entre 11 e 200 empregados e, preferencialmente, que estejam inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APL). Na primeira fase do programa, os setores elegíveis são: metalmecânico, vestuário e calçados, moveleiro e de alimentos e bebidas. Elas serão atendidas em todo o Brasil por 400 consultores dos Institutos SENAI de Tecnologia e pelas unidades do SENAI nos estados.
No Paraná
O Senai Paraná irá atender as empresas através de seus Institutos Senai de Inovação, IST - Madeira e Mobiliário em Arapongas, IST - Metal-Mecânica em Maringá e IST - Alimentos e Bebidas em Toledo. "Como os ISTs tem equipes multidisciplinares, podemos atender através destas redes em todo o estado do Paraná", explica o coordenador de negócios do Senai-PR, e um dos responsáveis pelo Programa no estado, João Bosco Militão.
RESULTADOS ESPERADOS
Ao fim das 120 horas de consultoria, é esperado que a empresa aumente em, pelo menos, 20% sua produtividade. Para
a avaliação dos resultados, serão utilizados quatro indicadores:
- Capacidade Produtiva:
o aumento da quantidade de unidades produzidas em um espaço de tempo;
- Movimentação: a diferença
entre o tempo de movimentação antes e depois do programa;
- Qualidade: a diferença entre o retrabalho
antes e depois do programa;
- Retorno financeiro: a diferença entre o retorno financeiro e o que foi investido
no programa.
Fonte: Agência de Notícias CNI
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