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Publicado em 26/02/2016
A crise econômica atingiu em cheio os investimentos das indústrias de grande porte, que têm 250 ou mais empregados. Apenas 64% dessas empresas pretendem investir em 2016, o menor número desde 2010, informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com os empresários, as principais razões para a redução de investimentos são a incerteza econômica, a elevada ociosidade, a reavaliação da demanda e o custo do crédito.
Entre as empresas que têm planos de investimentos, 67% pretendem tocar projetos já em andamento e 33% planejam iniciar novos empreendimentos. "O percentual de empresas que pretende destinar seus recursos principalmente para novos investimentos é o menor da série, aponta a pesquisa da CNI. Em 2010, ano em que o levantamento começou a ser feito, esse número era de 48%.
A boa notícia é que os investimentos de 2016 estão voltados principalmente para a inovação. Entre as indústrias que pretendem investir, 46% privilegiarão a melhoria ou a introdução de novos processos e 18% o desenvolvimento de produtos. "Os investimentos em inovação são importantes para o país sair da crise porque aumentam a produtividade e modernizam as empresas", avalia o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. O aumento da capacidade instalada está nos planos de apenas 20% das indústrias, o menor percentual da série da pesquisa.
Além disso, os planos das empresas para 2016 preveem o aumento dos investimentos destinados a atender o mercado externo. O número de empresas cujo foco principal dos investimentos é o mercado interno caiu de 68% em 2015 para 62% neste ano. "A experiência de uma fraca demanda doméstica, aliada a uma expectativa ainda pessimista, estimula a indústria a procurar o mercado externo", diz o estudo.
Frustração em 2015
Conforme a pesquisa, muitas empresas suspenderam os planos de investimentos no ano passado. O número de empresas que investiu em 2015 foi de 74%, o menor desde 2010. Mais da metade - 58% - não cumpriu os projetos como estava planejando. "A principal razão apontada para a frustração dos planos de investimentos foi a incerteza econômica", informa a CNI.
As principais características dos investimentos em 2015 foram:
· 67% das empresas destinaram seus investimentos principalmente à continuação de projetos anteriores;
· 33% investiram em novos projetos;
· 86% compraram máquinas e equipamentos. Dessas, 55% adquiriram
principalmente máquinas e equipamentos nacionais e 23% compraram principalmente ou exclusivamente importados;
· 45% das empresas buscaram a redução dos custos e o aumento da competitividade;
· 39% concentraram
os investimentos na melhoria do processo produtivo;
· 17% investiram no aumento da capacidade instalada.
Esta edição da pesquisa Investimentos na Indústria foi realizada entre 9 de novembro e 14 de dezembro de 2015, com 860 empresas de grande porte, que têm 250 ou mais empregados.
Fonte: Agência CNI de Notícias via Anpei
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