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Publicado em 25/01/2016
A indústria de carnes driblou a crise e fechou o ano na liderança da geração de empregos no
Paraná em 2015. O abate de suínos, aves e outros pequenos animais encerrou o ano com um saldo positivo de 5.078
empregos no Estado. Os dados são do Cadastro de Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho e Emprego, que mede a diferença entre admitidos e demitidos no período.
Em segundo
lugar no ranking ficou o setor de fabricação de máquinas e equipamentos para a prospecção
e extração de petróleo, com saldo de 2.453, seguido por atividades de teleatendimento (2.367), apoio
à gestão de saúde (2.102) e fornecimento de gestão de recursos humanos para terceiros (1.373).
Impulsionado por novos investimentos e pelas exportações, os frigoríficos de frangos e suínos
seguiram ganhando espaço mesmo com a desaceleração da economia brasileira. “O setor vem se beneficiando,
no mercado interno, da substituição, por parte do consumidor, da carne bovina, que ficou mais cara. Nas exportações,
por sua vez, a venda de cortes de frango e suínos tem sido alavancada pelo câmbio, com a supervalorização
do dólar”, diz Suelen Glinski Rodrigues dos Santos, economista do Observatório do Trabalho da Secretaria
estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social.
O Paraná é atualmente o maior produtor e exportador
de frango do País. Em 2015, as exportações paranaenses de frango bateram um novo recorde, com avanço
de 15% sobre 2014 e totalizaram 1,48 milhão de toneladas. Já as vendas externas de suínos cresceram 43,3%,
para 64,4 mil toneladas, na mesma base de comparação.
NOVOS FRIGORÍFICOS - O desempenho
também vem sendo influenciado pela instalação de novos frigoríficos no Estado. Um levantamento
realizado pelo Observatório do Trabalho com dados da RAIS mostra que, entre 2006 e 2014, a quantidade de estabelecimentos
para abate de suínos, aves e pequenos animais cresceu 35%, passando de 102 para 138, de acordo com dados da RAIS (Relação
Anual de Informações Sociais) do IBGE.
“Os dados apontam para um desenvolvimento importante
do Paraná nesse setor, com grandes frigoríficos concentrando grande parcela dos trabalhadores formais. Em média,
a instalação de cada frigorífico representa a geração de 540 empregos”, diz.
A maioria dos empregos está concentrada nas regiões Oeste, Norte Central e Sudeste do Estado. Juntas,
elas responderam por 76,37% do estoque de empregos do setor.
EFEITO MULTIPLICADOR - O abate de aves e suínos
também puxou a geração de empregos em outras atividades. Pelo menos outras três categorias foram
beneficiadas pelo vigor da produção dos frigoríficos: comércio varejista de produtos farmacêuticos
para uso humano e animal, com saldo positivo de 954 vagas; criação de aves (762); atividades de apoio à
agricultura (703).
O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná
(Sindiavipar), Domingos Martins, que reúne os frigoríficos do Estado, calcula que atualmente pelo menos 10%
dos empregos no Paraná têm alguma relação, direta ou indireta, com a cadeia da avicultura.
Fonte: AEN - PR
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