O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 27/11/2015
Organizado pela Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras) e pelo IBQP (Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade), o pré summit foi realizado na última quinta-feira (19/11) como forma de reunir pessoas capazes de contribuir com a preparação do Call for Action in Bioeconomy Global Summit Brasil 2016.
Com um formato inovador e dinâmico, o evento colaborou para que especialistas de diversas áreas se reunissem em grupos variados, discutindo temas, mudando de assunto e criando novas ideias.
A dinâmica foi coordenada por Rodrigo Costa da Rocha Loures, diretor titular do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp (Conic).
Em 25 de fevereiro haverá um novo encontro, de um grupo coeso e com propostas para trabalhar nas áreas de planejamento, conteúdo e comunicação.
O professor da USP, Ricardo Abramovay, falou sobre a nova economia e explicou sobre os arranjos políticos e econômicos que fizeram com que o país não tivesse um bom desempenho na área de inovação nos últimos anos.
“Não há dúvida de que passamos por conquistas sociais muito importantes, como a redução da desigualdade de renda nos últimos 12 anos, porém, a base econômica foi muito conservadora. Isso fez com que nos conformássemos com conquistas sociais importantes sob uma base econômica retardatária, e isso no momento em que essa vertigem tecnológica estava exatamente se formando. China e Índia ingressaram na fronteira em que estamos ingressando agora, atrasados”, explicou o professor.
Abramovay falou ainda sobre a questão do incentivo à P&D. “Nós sabemos que nos países onde a ciência consegue se transformar em tecnologia, os financiamentos privados são muito mais importantes do que os públicos. E só no Brasil acontece o contrário. Só agora as empresas privadas estão investindo mais em pesquisa básica, sem selecionar muito, porque confiam que alguma delas dará certo”.
A globalização das empresas também foi um dos temas discutidos. O empresário Rui Balmer comentou sobre a visão que o empreendedor deve ter quando cria uma empresa.
“As empresas que crescem focam o mundo. Já temos que nascer focando o mundo. Isso é um problema de educação, se não tivermos essa visão, não funciona”.
Na abertura do evento, Loures falou sobre as mudanças necessárias para preparar o mundo para a agenda do desenvolvimento sustentável com a Bioeconomia. “O grande desafio é a construção de uma nova cultura”. Ele também explicou que o “potencial das pessoas não é aproveitado porque nossos modelos são inadequados”. O primeiro passo, segundo Loures, é descobrir o que as pessoas desejam fazer juntas nessa área. “Ao longo de 2016 vamos descobrir como implementar nossos sonhos”.
Este é o espírito que Balmer também acredita que empresários e pesquisadores devem ter. “Nós, da indústria, não temos capacidade para estar em todos os fóruns e eventos de tecnologia. Mas não podemos ficar em dois mundos separados. Temos que atuar juntos”.
Entre as apresentações para estimular os participantes houve a de Wilson Nobre, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que falou sobre a intensa aceleração do poder de processamento dos computadores. Um equipamento de US$ 1.000 terá capacidade de processamento semelhante à do cérebro humano em 2023. E em 2050 ultrapassará a capacidade de todos os cérebros humanos juntos…
E mais – Nobre citou o visionário Ray Kurzweil, que previu que, daqui a 15 anos, nanorrobôs inseridos no cérebro facilitarão a imersão virtual na nuvem, permitindo, como ocorre com os celulares hoje, a multiplicação por 10.000 a capacidade de processamento.
O Summit deve acontecer em novembro de 2016 e, até lá, serão promovidos encontros para adaptar ideias, discutir novos temas e unir cada vez mais pessoas de diversas áreas que tenham interesse pelo avanço da inovação no país.
Fonte: Anpei
Envie para um amigo