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Publicado em 13/11/2015
Depois de uma longa espera, começa na próxima semana o cadastramento dos Food Trucks curitibanos que queiram trabalhar em espaços públicos, garante o Secretário Municipal de Urbanismo Reginaldo Cordeiro. Esse é um primeiro passo para depois serem regularizados. Na primeira etapa, que deve seguir agendamento da Secretaria Municipal de Trânsito e da Vigilância Sanitária, a ser divulgado no site da Prefeitura de Curitiba, só serão verificadas as condições dos veículos para servir comida na rua. Somente os foods trucks que passarem por essa avaliação poderão receber a regulamentação para funcionamento fora de eventos privados. Ainda de acordo o secretário, esse “segundo passo” deve acontecer em 30 dias.
A notícia, apesar de esperada, é vista com desconfiança pela Associação Paranaense dos Food Trucks (APFT). O vice-presidente da Associação Antônio Tanaka diz “não acreditar” mais nas datas divulgadas pela Prefeitura. “Estamos há 90 dias esperando essa regulamentação”, lamenta. O secretário municipal de Urbanismo, no entanto, afirma que a espera vai acabar e que todos os órgãos responsáveis pela regulamentação (Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Urbanismo, Vigilância Sanitária e Setran) estão se reunindo quinzenalmente para dar um desfecho para a situação que se arrasta – formalmente — desde abril deste ano.
“Hoje não existe licença para os food trucks funcionarem que não seja em eventos fechados”, lembra Tanaka, que conseguiu liberação para funcionar com o seu Food Truck de hambúrguer, estacionando em local privado, na Rua Simão Bolivar. Ele revela, no entanto, que já são cerca de 50 veículos aguardando liberação da Prefeitura cujos proprietários são veiculados à associação e estima que outros 100 não associados também aguardam a mesma regulamentação.
Em julho, o prefeito Gustavo Fruet assinou o decreto que permitiria que os food trucks passassem a operar em espaços públicos de Curitiba. O Decreto regulamenta a Lei 14.634, de abril, que dispõe sobre o comércio de alimentos em ruas e veículos móveis. No entanto, vários pontos estão descobertos e são motivos de dúvidas por quem espera colocar, literalmente, o bloco na rua.
Para o secretário de urbanismo, no entanto, a burocracia que envolve a regulamentação deve chegar ao fim. “Já estamos nos reunindo a cada 15 dias para definirmos isso e a partir da semana que vem vamos divulgar as datas, locais e horários em que a Vigilância Sanitária e o Setran vão realizar a primeira inspeção nos veículos para que eles possam operar [em espaços públicos]”, afirma.
A demora, na opinião de Tanaka, prejudica o negócio de muita gente e até a economia local. Proprietário do Crepe Show, Nilson Sampaio esperava vender crepe em uma Kombi reformada. A demora para regulamentação, no entanto, fez com que ele preferisse atender aos eventos e feiras em barraca, no lugar do veículo. “O investimento era muito alto. A barraca não é tão prática quanto o Food Truck, mas estamos operando bem”, analisa.
Depois dessa etapa, os foods trucks devem ainda esperar que questões como locais, distâncias e o uso ou não de mesas fornecidas pelos foods trucks, sejam regulamentadas. Depois, é só rodar por aí, dentro, é claro, dos limites pré-definidos.
Fonte: Gazeta do Povo
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