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Smart Energy 2015 - maior evento em energias inteligentes da região sul

Publicado em 22/10/2015

Foz do Iguaçu foi sede da Conferência Internacional de Energias Inteligentes Smart Energy 2015 e do II Seminário de Energias Renováveis como Vetor do Desenvolvimento do Oeste do Paraná.

Com a participação dos Observatórios SESI/SENAI/IEL, que apresentou um diagnóstico preliminar sobre a eficiência energética na indústria, a Conferência abordou temas relacionados a smart energy, tais como, cenários, mercado, evolução tecnológica,  regulamentação, desenvolvimento de negócios, políticas públicas, em apresentações e debates com palestrantes nacionais e internacionais e público qualificado.

clique para ampliarclique para ampliarFoz do Iguaçu (Foto: Divulgação)

“O momento pelo qual passamos, de aumento de tarifas energéticas e insatisfação popular, é determinante para discutirmos a quebra de paradigmas na questão energética. É preciso alcançarmos novos patamares tecnológicos e dar escala à geração e ao uso de energia por fontes renováveis”, ressalta Daniel Fraxino, coordenador do evento.

Em pauta estarão questões tecnológicas, certificação de equipamentos, acreditação de laboratórios, formação e capacitação, políticas públicas e os desafios energéticos para o desenvolvimento regional. Além de uma feira Tecnológica estruturada de forma a permitir a apresentação por parte das micro, pequenas e grandes empresas de seus produtos, processos e serviços vinculados ao temasmart energy; a exposição de equipamentos, tecnologias e serviços emsmart energy; a aproximação de empresas incubadas de base tecnológica, oriundas dos parques tecnológicos paranaenses por meio de espaço dedicado apresentação de soluções aplicadas ao tema de energias renováveis.

A falta de regulamentação ainda é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento da geração distribuída das energias renováveis e redes inteligentes no país. Segundo Júlio C. Felix, diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), a legislação brasileira precisa avançar. “A legislação, de maneira geral, ou estão defasadas da tecnologia disponível ou não condizem com a experiência que o país tem em produção de energias renováveis”, ressalta.

Como reverter essa situação e dialogar com o governo é um dos assuntos que serão discutidos. Ainda serão apresentados projetos da Copel, Itaipu, Institutos Lactec, certificações LEED, como obter mais eficiência energética, geração fotovoltaica, como desenvolver a biomassa, entre outros.

Eficiência energética na indústria paranaense
 
Foi apresentado na Conferência, em primeira mão, os resultados do estudo do setor de energia da pesquisa Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, realizado pelos Observatórios Sesi/Senai/IEL, do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná. O estudo iniciou em 2013 e pesquisou 180 empresas, de grande e médio portes, dos setores moveleiro, metalúrgico e de alimentos no Paraná.
 
O resultado mostrou que para a grande maioria das empresas, cerca de 70% delas, a eficiência energética está entre as ações estratégicas. Entretanto, a pesquisa apontou ainda que as entrevistadas não possuem comissões internas, profissionais capacitados ou projetos de eficiência energética. “As empresas moveleiras foram as que relataram maior dificuldade de implementação de outras fontes de energia ou eficiência energética, mas todos os setores disseram que os grandes entraves são a falta de conhecimento de editais de fomento e linhas de crédito disponíveis”, revelou Lilian Machado Moya Makishi, analista do Observatórios Sesi/Senai/IEL, que apresentou o estudo durante a Conferência Smart energy.
 
 Apesar do potencial energético em biomassa, biogás, energias eólicas e solar, a energia da concessionária ainda é utilizada em 100% das empresas, sendo que a segunda fonte de energia, geralmente, não é de energia  renovável.  “Apenas no setor de alimentos a biomassa aparece como outra fonte de energia para algumas empresas. A metalúrgica e a moveleira ainda utilizam gás natural, GLP ou óleo diesel”, ressaltou a analista.
 
Com base nos resultados, foram criadas ações para ajudar no desenvolvimento da eficiência energética na indústria paranaense. Estão sendo realizados diagnósticos de interesse dos empresários, organização de seminários e monitoramente de ações, agendas e editais na área. “Estamos trabalhando na elaboração de um documento com diretrizes para subsidiar a formulação de políticas públicas no Paraná e criaremos fóruns permanentes de pesquisa na área de planejamento energético”, afirmou.
 
Na área de biomassa e biogás, será estimulada a cadeia de suprimentos, a tecnologia existente para o beneficiamento da madeira e a ampliação da base florestal, com plantio de culturas energéticas. “Ainda vamos mapear as potencialidades para geração distribuída nas áreas solar e eólica, monitorar redução de custos de tecnologia e ajudar a popularizar essas formas de geração”, contou.
 
De acordo com a analista, o Brasil está caminhando a passos lentos na questão de energia, por isso é fundamental criar projetos e estimular investimentos e políticas governamentais. “O Brasil tem uma matriz que sempre foi hidrelétrica. E agora esse potencial está se esgotando. Então, precisamos desenvolver, principalmente, a geração distribuída de energia fotovoltaica, eólica, biomassa e outras fontes renováveis para ajudar o desenvolvimento industrial do Paraná”, salientou Lilian Machado Moya Makishi.

Acesse o sumário executivo do evento:http://smartenergy.org.br/2015/images/smartenergy2015.pdf

Fonte: smartenergy.org.br/ Expressa comunicação

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