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Publicado em 24/07/2015
A fabricante suíça de embalagens cartonadas para alimentos e bebidas (mais conhecidas como longa vida) SIG Combibloc acelerou em dois anos a concretização do plano de negócios no Brasil. Após uma série de investimentos totalizando R$ 270 milhões na unidade fabril em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), a empresa inicia em agosto um aporte de mais R$ 211 milhões para aumentar em 40% a capacidade de produção da fábrica.
Esta é a quarta expansão desde 2011, quando a planta foi inaugurada, e também será realizada dois anos antes do planejado. Segundo o diretor-presidente da empresa na América Latina, Ricardo Rodriguez, com o investimento, a capacidade produtiva da unidade na RMC salta de 3,2 bilhões de embalagens por ano para 4,5 bilhões e deixa a companhia pronta para atender o mercado até 2019.
“Embora este seja um ano de mercado relativamente deprimido, temos de estar preparados para suportar o crescimento dos nossos clientes nos próximos anos. Em geral somos o maior parceiro da maioria deles e temos contratos mais de longo prazo”, diz.
A carteira de clientes da empresa possui algumas das maiores companhias de alimentos e bebidas do Brasil, como Tirol, Schincariol, Pepsico e Latco. A SIG Combibloc divide com a principal concorrente, a Tetra Pak, o mercado mundial de embalagens cartonadas.
A ampliação da fábrica deve gerar cerca de 70 novos empregos diretos. Hoje a companhia possui 500 funcionários em Campo Largo. “Também há um aporte importante em novas tecnologias. Vamos robotizar algumas áreas. Teremos um prédio novo completamente automatizado para armazenagem e manuseio de cilindros de impressão”, afirma Rodriguez.
Maior valor agregado
No início do ano, a empresa inaugurou uma linha de extrusão, responsável pela laminação do papel cartão com polímero e alumínio. A técnica antes era realizada somente na sede alemã da empresa. Agora praticamente toda a matéria-prima usada nas embalagens virá de produção local. “A unidade aumentou o valor agregado do produto fabricado em Campo Largo.”
Apesar de a unidade de Campo Largo atender hoje exclusivamente o mercado nacional, o executivo não descarta a possibilidade de a planta começar a exportar parte da produção quando o aumento de capacidade estiver totalmente concluído, no segundo semestre de 2016.
A companhia tem a política de não divulgar dados financeiros regionais, mas mundialmente o grupo espera crescer entre 5% e 10% em 2015. “Queremos que o Brasil e a América Latina participem desse crescimento, mas, até agora, este ano tem se mostrado bastante estável”, afirma Rodriguez.
Fonte: Gazeta do Povo
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