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Korin vê forte demanda por proteína orgânica e sustentável em 2015, apesar da desaceleração econômica

Publicado em 10/07/2015

A demanda por produtos orgânicos e sustentáveis de proteína animal continua forte no Brasil em 2015 e, apesar da desaceleração econômica que atinge o consumo em diversos segmentos, a Korin Agropecuária, uma das principais empresas de alimentos orgânicos do país, espera aumento no faturamento de, no mínimo, 19% no ano.

O diretor-geral da Korin, Reginaldo Morikawa, disse à CarneTec, que o crescimento do faturamento da empresa no primeiro semestre foi menos acelerado que o ocorrido nos anos anteriores, com aumento de 8% ante o mesmo período do ano passado. 

Apesar disso, o executivo disse que a empresa ainda deverá faturar entre R$ 112 milhões e R$ 115 milhões neste ano, ante uma expectativa inicial de faturamento de R$ 120 milhões. Em 2014, a empresa faturou R$ 94 milhões.

“O movimento antitransgênico acaba favorecendo o crescimento dos orgânicos. Vemos uma demanda aquecida, que é o natural do nicho”, disse Morikawa. Cerca de 83% do faturamento da Korin vem das vendas de frangos livres de antibióticos e orgânicos, mas a empresa também investe em carne bovina, entre outros produtos, e quer continuar crescendo neste segmento. 

No fim do ano passado, a Korin lançou a sua primeira linha de produtos de carne bovina sustentável, de novilhas criadas soltas e sem antibióticos em pastagens naturais do Pantanal de Mato Grosso do Sul que estão livres de agrotóxicos e adubos químicos no solo.

A Korin verificou forte aumento da demanda pelo produto e, desde o lançamento em outubro do 2014, o abate passou de 22 para 172 animais por mês, em junho deste ano. Morikawa disse que a empresa planeja, agora, lançar em setembro sua linha de produtos de carne bovina orgânica.

clique para ampliarclique para ampliarPantanal (Foto: Divulgação)

O processo de criação do gado destinado à produção de carne orgânica é bastante similar ao da carne sustentável do Pantanal: as novilhas, após três anos de vida, seguem para o abate levadas por boiadeiros numa viagem de vários dias até uma fazenda, onde ficam por alguns meses para recuperar o peso perdido durante a viagem.

É nesse momento que ocorre a diferenciação, pois as novilhas que serão destinadas aos produtos orgânicos têm alimentação complementada, durante o período de engorda, em cerca de 35% por grãos de milho e soja orgânicos. Já no caso da carne sustentável, essa complementação da alimentação não é feita com produtos orgânicos.

A carne orgânica a ser comercializada pela Korin deverá custar cerca de 20% a mais que a carne bovina sustentável produzida pelo grupo, cujo preço da picanha, por exemplo, varia entre R$ 90 a R$ 100 o quilo, segundo Morikawa. O executivo avalia que o produto da Korin terá competitividade no mercado premium, com a vantagem de utilizar carne sustentável e orgânica criada nas pastagens do Pantanal.

No segmento de frango, a empresa também planeja expansão. Recentemente, a Korin comprou equipamento para aumentar o abate, o qual a empresa espera elevar para cerca de 24 mil frangos por dia, em meados do ano que vem, ante 18 mil por dia atualmente. A Korin tem crescido, em média, de 20% a 25% nos anos recentes. A empresa fez investimentos de R$ 6 milhões em 2014, quando também aumentou em 100% sua capacidade de produção.

A Korin tem portfólio de 80 produtos, que além de carne bovina e frango inclui outros alimentos orgânicos como arroz, feijão, óleo de soja, shitake, café, sopas, entre outros.

Fonte: http://www.carnetec.com.br/Industry/News/Details/59558#sthash.atdFb6nl.dpuf

 

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