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Publicado em 18/06/2015
As cadeias produtivas de aves e suínos de Santa Catarina – situadas entre as mais modernas do planeta –
adotarão até o final do ano a tecnologia RFID baseada no uso da radiofrequência para
aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade. Essa tecnologia permite o uso de uma espécie de etiqueta eletrônica
inteligente que será implantada nos lacres dos contêineres, controlando todo o processo de preparação,
transporte aos portos, embarque e chegada ao destino final, no exterior.
O emprego desses recursos no aperfeiçoamento
da rastreabilidade suinícola resulta de parceria entre a FAPESC, ICASA, SINDICARNE e ACAV, envolvendo outras instituições
da sociedade Catarinense, órgãos oficiais da Secretaria da Agricultura, CIDASC, o Ministério da Agricultura
incluindo o VIGIAGRO e SIPOA/SIF, além de empresas privadas de tecnologia e centros de pesquisa e Universidade de São
Paulo (USP).
O projeto – também conhecido
como Canal Azul – teve a colaboração da FAPESC e apoio do SINDICARNE e da ACAV, com a participação
das agroindústrias catarinenses. Foi realizado um piloto no Estado, em 2012/2013, o qual testou a aplicabilidade
da tecnologia que agora deve ser utilizada para todos os interessados da cadeia produtiva.
O novo recurso
digital confere ainda mais segurança e confiabilidade e substitui centenas de documentos pelo controle digital, cujas
informações poderão ser acessadas pelos fiscais do Ministério da Agricultura. Além da segurança,
o novo recurso permite reduzir para menos de um dia uma operação que, atualmente, chega a demorar de três
a quatro dias.
O dirigente esclarece que não haverá mudança na metodologia adotada,
mas um aperfeiçoamento tecnológico da rastreabilidade trazendo inovação, processos on-line, mais
segurança e confiabilidade ao sistema.
O diretor executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados
de Santa Catarina (SINDICARNE), Ricardo De Gouvêa, explica que a implantação do sistema de rastreabilidade
de RFID aguarda homologação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Deverá
ser implantada neste ano ainda, cobrindo toda a operação das agroindústrias aos portos.
As empresas
do setor da carne já adotam a rastreabilidade nas etapas de produção a campo e na indústria. Agora,
para aperfeiçoar ainda mais a rastreabilidade no Estado, a tecnologia será empregada no campo e dentro das plantas
industriais. Essa tecnologia está disponível em escala mundial e já é aplicada em
várias áreas da atividade humana e empresarial.
Com isso, à medida que a vida do animal avança,
registram-se nessa etiqueta os principais fatos relevantes sob aspectos de nutrição, saúde, localização,
entre outros. Além disso, após o processamento, é possível manter este histórico junto
ao produto, incluindo as validações oficiais e respectivas certificações.
O investimento total das empresas no processo não foi revelado, pois, como se trata de uma parceria com o Governo
do Estado, FAPESC e agroindústrias catarinenses, os recursos serão alocados gradualmente, fase a fase.
“Esse é mais um investimento na vanguarda da cadeia produtiva de proteína animal catarinense. Certamente,
nossos clientes internos e externos reconhecerão nossa evolução e continuarão a nos dar a preferência
de aquisição nesta jornada de várias décadas”, concluiu o diretor do Sindicato das Indústrias
da Carne e Derivados de Santa Catarina (SINDICARNE), Ricardo Gouvêa.
Ribas Júnior relatou que 2015 é
um ano de grandes desafios, em razão do aumento de custos de produção, entre eles a energia elétrica,
a taxa cambial (que repercute no aumento dos custos dos insumos) e a taxa de juros (que torna mais caros os empréstimos
e financiamentos bancários), além da acirrada competição no mercado internacional. Mesmo assim,
o presidente da ACAV é otimista em relação ao segundo semestre.
SISTEMA
A rastreabilidade permite capturar, armazenar
e relacionar informações desde o provedor de insumos e matérias-primas, produtores, até as unidades
industriais, a logística e o transporte, as unidades de venda e os consumidores. Um fluxo com registro, identificação
e transmissão de informações permite conhecer a procedência, o produto e sua localização.
Trata-se de um monitoramento seguro e completo com registro dos estabelecimentos, das movimentações e das operações,
obedecendo normas internacionais.
Fonte: Avicultura Industrial
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