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De olho na sanidade, governo federal lança Plano Nacional de Defesa Agropecuária

Publicado em 11/05/2015

O governo lançou no dia 06 de Maio o Plano Nacional de Defesa Agropecuária, que tem como objetivo otimizar a fiscalização e a defesa agropecuária do País. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, disse que o novo plano vai desburocratizar e melhorar a defesa agropecuária do Brasil. “Temos de considerar que a defesa agropecuária contribuiu muito para que chegássemos até aqui”, disse a ministra, que afirmou que a defesa agropecuária é a prioridade número um do ministério.

clique para ampliarclique para ampliarKátia Abreu espera que novo plano reduza em 30% gastos com defesa agropecuária. (Foto: Divulgação)

A ministra também falou sobre burocracia e destacou que vai reduzir de 24 meses para um prazo de 4 a 8 meses a análise de processos. Ela ponderou que, quando chegou ao ministério, haviam 4,1 mil processos e que 80% deles eram de defesa agropecuária. Segundo a ministra, com o plano nacional, essa burocracia vai ganhar agilidade. “O Brasil vai passar a contar com referência para balizar todos os agentes envolvidos na produção”, disse.

Segundo Kátia Abreu, a partir do plano, será possível reduzir os custos da defesa agropecuária em até 30% em algumas áreas. “Custos exatos da defesa estão sendo calculados ate julho. Saberemos quanto custa cada cabeça de gado com febre aftosa ou cada hectare com ferrugem da soja”, garantiu. Ela afirmou que o governo vai regulamentar o fundo de defesa agropecuária para dar sustentabilidade ao financiamento da defesa agropecuária.

Aftosa

De acordo com a ministra, um dos objetivos é fortalecer e ampliar os planos de controle, começando pela erradicação da aftosa. “Na América do Sul, estamos fazendo cooperação com a Venezuela para que possamos colaborar e findaremos, seremos o primeiro continente do mundo livre da aftosa”, disse. Ela citou que até o final do ano deverão ser incluídos na classificação de “livre de aftosa com vacinação” os estados do Amapá, Roraima e Amazonas.

Ela garantiu ainda que haverá monitoramento constante das metas de forma transparente para que ele seja implantado dentro dos seus prazos. “A presidente assinará atos que desburocratizam e facilitam a vida de quem produz”, disse a ministra. Kátia Abreu ainda explicou que com o Sistema Brasileiro de Produtos de Origem Animal (Sisbi), os Estados recebiam a missão de fiscalizar os estabelecimentos em parceria com o ministério e centenas de pequenos produtores não conseguiam vender aos estados vizinhos por não terem conseguido autorização do ministério.

“Com a Plano lançado hoje, 2,5 mil agroindústrias receberão sua emancipação por entrarem no sistema nacional de inspeção. É a fábrica do carimbo e do pequeno poder que chegou ao fim”, afirmou a ministra.

Medicamentos veterinários genéricos

Entre os atos assinados no Plano de Defesa Agropecuária, a presidente Dilma Rousseff assinou a regulamentação dos medicamentos genéricos veterinários. “Essa regulamentação vai dar desconto de até 70% nesses medicamentos”, afirmou Kátia Abreu. A presidente também assinou o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). Com ele, a inspeção não ocorrerá em todas as agroindústrias, vai haver uma separação das que terão de ser inspecionada e as que não.

Kátia Abreu ainda relatou que está em fase de testes, com dez plantas, o programa Canal Azul, que dá lacre eletrônico para contêineres e elimina a necessidade de nova inspeção no porto. Até dezembro o programa estará 100% em operação.

A presidente ainda assinou o decreto de classificação vegetal que dá agentes que trabalham em escolas, presídios e outros, fé pública para classificar vegetais e garantir, como exemplificado pela ministra, que uma banana é uma banana. “Agora, a compra será feita de forma simplificada”, disse.

Recursos

Em entrevista coletiva após o lançamento do PDA a ministra da agricultura demonstrou tranquilidade quanto a disponibilidade de recursos para a defesa agropecuária, mesmo em meio ao corte de gastos do governo. “Não queremos ser excluídos do ajuste fiscal. Mas vamos cortar despesas em outras coisas, como passagens aéreas, diárias de pessoa, e não na sanidade”, declarou.

Ela revelou que o setor espera R$ 80 milhões em orçamento para as atividades de defesa. “Podemos reduzir os gastos dentro de alguns programas e ‘pesar a mão’ em outros”, indicou. Dentre as prioridades estariam o controle de tuberculose, brucelose e aftosa para os bovinos, gripe aviária e doença de New Castle para aves e o bicudo algodoeiro e cancro cítrico na agricultura.

Fonte: Gazeta do Povo

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