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Publicado em 17/04/2015
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou em nota que fará uma audiência pública para discutir a rotulagem dos alimentos alergênicos. A previsão é que a reunião aconteça até o início de maio. O objetivo é que a agência compreenda as perspectivas e ambições sociais. A ocasião também servirá para explicar à sociedade todo o alcance da norma.
“À primeira vista, parece que é só colocar a informação no rótulo. Mas é algo muito mais amplo. Serão realizadas mudanças nos processos produtivos. Além disso, é essencial assegurar que será possível fazer a análise laboratorial dos alimentos de forma a comprovar ou não a presença do alergênico”, diz Renato Porto relator da proposta e diretor da agência.
Segundo a Anvisa, a regulamentação será focada nas alergias que provocam reações severas, como choque anafilático. O texto prevê regras para alimentos que levem leite, ovos, amendoim, nozes, trigo, centeio, aveia, cevada, crustáceos, peixes, soja e látex natural (presente em luvas de manipulação e embalagens).
Famílias unidas
A campanha Põe no Rótulo (#poenorotulo) foi criada no início do ano passado por famílias de alérgicos alimentares que lutam para ter informações claras e destacadas sobre alérgenos nos rótulos dos produtos.
"A realização desta audiência pública tende a legitimar ainda mais a urgente regulamentação da rotulagem de alérgenos no Brasil", defende Maria Cecilia Cury Chaddad, advogada membro da coordenação da campanha.
Um levantamento do grupo americano Food Allergy Initiative descobriu que 1 em cada 13 crianças
tem alergia alimentar nos Estados Unidos. O Brasil não possui essas estatísticas, mas um estudo do Instituto
da Criança (USP), feito com 52 famílias, revelou que 39,5% das reações alérgicas à
proteína do leite de vaca foram relacionadas a erros na leitura de rótulos.
De acordo com nota
divulgada pela campanha #poenorotulo, enquanto as novas regras não são definidas pela
Anvisa, a população que convive com alergia alimentar continua exposta e insegura durante as compras.
Fonte: Revista Crescer
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