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Publicado em 25/03/2015
A partir de agora, o maior município do país, São Paulo, vai oferecer alimentos da agricultura familiar
e produtos orgânicos ou agroecológicos para a alimentação de crianças e adolescentes da
rede pública de ensino. Todos os dias mais de 2 milhões de refeições são ofertadas na capital
paulista.
A lei municipal sancionada no dia 18/03 fortalece a agricultura familiar e garante alimentação
saudável semelhante às compras institucionais realizadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A lei também garante o pagamento até
30% maior para os produtos orgânicos do que para produtos convencionais.
O estado do Paraná
e o município de Pouso Alegre (MG) também criaram um marco legal e adotaram a mesma medida
para garantir alimentos mais saudáveis para os alunos com a compra de alimentos orgânicos. Desde 2013,
a aquisição de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar na capital paulista teve uma alta considerável:
subiu de 1% para 17% das compras.
De acordo com a coordenadora da Câmara Interministerial de Segurança
Alimentar e Nutricional (Caisan), Patrícia Gentil, esse tipo de ação é inovadora por qualificar
a alimentação dos alunos do município. “A escola é um espaço de promover hábitos
mais saudáveis. A lei, ao mesmo tempo, favorece a agricultura familiar da região ao abrir um mercado institucional
para a produção.”
“Quando se tem uma legislação, a gente passa a ter
o alicerce de uma política de estado. O prefeito poderá sair que o novo postulante ou quem estiver no cargo
terá de cumprir. Essa legislação municipal dialoga estreitamente com a legislação federal”,
afirmou a diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Prefeitura de São Paulo, Erika Fischer.
Conselho Municipal – São Paulo também caminha para a adesão ao
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. No dia 18/03, também foi retomada a atuação
do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comusan) para articular ações em parceira do poder público
com a sociedade civil voltadas para a alimentação saudável.
Entre as pautas prioritárias
está a discussão de propostas para as conferências municipal, estadual e nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional e a adesão ao Sistema Nacional. Até o momento, 89 municípios e todos os municípios,
além do Distrito Federal, fazem parte do Sisan.
Para fazer a adesão ao sistema, é necessário
criar uma Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional, composta pelas secretarias ligadas ao tema.
Além disso, estados e municípios devem elaborar um Plano de Segurança Alimentar e Nutricional e instituir
um Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, entre outros requisitos.
O Sisan é coordenado
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e tem o objetivo coordenar as ações
públicas em segurança alimentar e nutricional e articular a integração entre os entes federados
e a sociedade civil. A partir da adesão, os estados e municípios podem formular e implementar suas
políticas de forma mais integrada e promover o acompanhamento, monitoramento e avaliação da situação
de alimentação e nutrição local e, ainda, podem verificar o impacto dos programas federais na
sua população.
Fonte : MDS
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