O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 02/03/2015
O professor Dr. Obadina Adewale do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Agricultura, de Abeokuta, na Nigéria visitou a Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ) entre os dias 24 e 27 de fevereiro. Obadina a apresentou resultados do projeto desenvolvido em conjunto com a Embrapa no âmbito do Programa Africa Brazil Marketplace.
Em sua apresentação, o professor nigeriano ressaltou o desafio de alimentar uma população mundial crescente e a urgência em se buscar soluções para as perdas pós-colheita. Suas pesquisas voltam-se principalmente para conservação e segurança alimentar, e conversão de descartes (coprodutos) em alimentos. "Nigéria e Brasil possuem condições climáticas e ambientais muito similares, assim conseguimos plantar os mesmos alimentos. Pretendemos continuar desenvolvendo estratégias conjuntas para agregar valor aos cultivos e evitar desperdícios entre o campo e a mesa do consumidor", afirma o professor Dr. Obadina Adewale.
Atualmente, trabalhar com cultivares em abundância na Nigéria e diversificar o seu uso alimentar é o principal alvo da pesquisa. O projeto "Nutritional properties and health functionality of wholegrain millet sourdough", coordenado pelo pesquisador Antonio Gomes, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, em parceria do professor Obadina Adewale da Universidade de Abeokuta é um exemplo disso. O projeto visa agregar valor ao milheto, produto abundante na África. "A produção de farinhas para a panificação, por exemplo, poderá contribuir para a subsistência dos produtores rurais de forma mais sustentável", informa o pesquisador da Embrapa, Antônio Gomes. Neste contexto, a doutoranda da Universidade Federal de Abeokuta , Adetola Olugbile, passou seis meses na Embrapa Agroindústria de Alimentos no segundo semestre do ano passado sob sua orientação, buscando identificar as alterações microbiológicas ocorridas durante a fermentação de milheto e as propriedades nutricionais e sensoriais do pão.
Muito comum na Alemanha, esse pão de fermentação natural, sem adição de fermentos ou leveduras, ganha espaço entre os africanos. E os resultados finais da pesquisa comprovam que o pão "sourdough" de milheto africano pode ser considerado um alimento funcional, pois é rico em proteínas, minerais como fósforo, além de elevados índices de aminoácidos essenciais e não essenciais.
Os pesquisadores de ambos os países também realizaram reunião técnica para o planejamento de novos projetos. Para o futuro, as pesquisas devem se voltar para a elaboração de uma farinha de FUFU (mandioca fermentada) para a produção de pães, bolos e "donuts", e produção de compósitos a partir da casca de mandioca.
Fonte: Embrapa
Envie para um amigo