O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 27/01/2015
Atentos às perspectivas de crescimento do PIB em 2014 de Peru e Colômbia, industriais dos setores de Alimentos e Bebidas e de Móveis de Madeira dedicaram-se a um projeto para abrir mercado nos países que apontam entre os líderes de crescimento na América Latina.
Durante 7 meses, representantes de 12 empresas do Paraná – 7 do setor de Alimentos e Bebidas e 5 do setor de Móveis – conheceram características comerciais de seus respectivos países alvo, em uma ação de prospecção de mercado coordenada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), com o apoio financeiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), e realizada por meio da Rede CIN – Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios do Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco e Pará.
A escolha dos países foi feita por haver poucas barreiras de entrada, pelas facilidades logísticas e, sobretudo, pelo crescimento da economia impulsionado pelas exportações de minérios para a China – o que provocou um maior poder de compra da população das duas nações.
As ações do setor de Alimentos e Bebidas foram planejadas para o mercado peruano. As empresas participantes do projeto – Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco e Pará – conheceram aspectos institucionais e comerciais do país andino. “Procuramos aprofundar os conhecimentos dos industriais quanto aos trâmites legal, aduaneiro, fiscal e tributário. E na parte comercial, buscamos mais informações sobre as formas de atuação do mercado moderno – representado por grandes supermercados – e do canal tradicional, que são os comércios menores, conhecidos como bodegas que representam 70% das vendas do setor no país, atingidos por meio de distribuidores multiprodutos ou especialistas”, explica Janet Pacheco, gerente do Centro Internacional de Negócios do Paraná (CIN-PR).
“Inicialmente, a indicação do Peru como destino foi para nós uma surpresa, porque quando pensamos em exportação, raramente nos lembramos da América Latina. Mas os encontros de negócios realizados em São Paulo, em dezembro, revelaram que há muito espaço para os alimentos processados brasileiros, tidos como referência de qualidade para os peruanos. Acredito que colheremos bons resultados em 2015”, disse Gustavo Costa Hauer, diretor da Phoods Indústria de Alimentos Ltda.
Além da Phoods, participaram do projeto as empresas paranaenses Barion, Jasmine, Lightsweet, Naturefibras, Podium Alimentos e La Violetera.
Três destas empresas participam dos Projetos de Articulação da Rota da Indústria Agroalimentar. Javier Vilanova, da Jasmine Alimentos, foi palestrante no Simpósio da Rota Agroalimentar: Industrialização de Alimentos Orgânicos. A Naturefibras tem participação ativa nos Grupos de Articulação e Rodadas de Negócio Tecnológicas e Rommel Barion, sócio proprietário da Barion é o sponsor da Rota Agroalimentar.
Com uma indústria tímida, o Peru precisa de fornecedores externos para ter suas demandas atendidas. Os maiores fornecedores do país são Estados Unidos – 27% de todas as importações – e China (17%). O Brasil vem em terceiro lugar com 5,7% de participação nas compras peruanas. Dos US$ 2 bilhões que o país importa do Brasil, o item mais relevante do setor de Alimentos são os grãos in natura que representam cerca de U$ 40 milhões ao ano. “Considerando que as importações peruanas são crescentes, os números revelam que há espaço para a entrada de alimentos processados produzidos no Brasil. Estamos otimistas com este trabalho”, conta Pacheco.
“A metodologia Prospect – presente no portfólio do CIN – tem como foco principal proporcionar às indústrias brasileiras informações que possam viabilizar a entrada em país estrangeiro de forma sustentável e planejada, para que possam desenvolver seu processo de internacionalização com segurança e produtividade”, finalizou Janet Pacheco.
Fonte: Agência Fiep
Envie para um amigo