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Horta sem pesticidas reduz perda de produção em 30%

Publicado em 19/11/2014

Sem usar aditivos químicos industrializados, espaço comunitário em Maringá é mantido á base de soluções orgânicas

Um tratamento homeopático tem ajudado a afastar as pragas e reduzido em até 30% a perda de produção na horta comunitária Jardim Imperial II, em Maringá, no Noroeste do estado. As quase 50 mil mudas de hortaliças são avivadas – há quase seis meses – apenas com produtos naturais.

Livre de pesticidas e fertilizantes industrializados, e com soluções orgânicas estudadas para cada tipo de legume e verdura, o técnico agrícola e responsável pela unidade, Rildo Casé, salienta que além de garantir uma alimentação mais saudável, o alimento também ganha mais vitalidade e um sabor acentuado. “Faça a comparação: compre alface tratada com produtos químicos e outra à base de cuidados naturais. A durabilidade do produto natural será até duas vezes maior. O sabor também é notável, isso é inquestionável”, garante.

Controle

Em alguns casos, os próprios insetos fornecem o ativo de controle, assim como ocorre com o antídoto para picada de cobra. “A natureza ajuda a natureza. Não adianta não agredir a planta e agredir a lagarta, por exemplo”, pontua Casé. Segundo ele, as soluções naturais não matam os insetos, apenas os afastam das plantações.

O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Semusp) em parceria com o Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana da Universidade Estadual de Maringá (Ceraup/UEM). Em um dos laboratórios da instituição de ensino, as “vacinas”, como são denominadas pelo técnico agrícola, são criadas para garantir a saúde da planta.

Estendido

O tratamento homeopático implantado na horta comunitária Jardim Imperial II deve se estender para as outras 21 existentes no município, ressalta o gerente do programa de Hortas Comunitárias de Maringá, José Oliveira de Albuquerque.

Ele explica que, além de oferecer verduras e legumes às 500 famílias de baixa renda cadastradas no programa, a ideia é que esses alimentos tenham o mínimo ou nada de agrotóxico. “É possível controlar as pragas e garantir alimento de qualidade, o projeto é simples e funciona.”

Cada família recebe até três canteiros de mudas e fica responsável pelos cuidados e colheita das plantas.

Fonte: Gazeta do Povo

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